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Política Sexta-feira, 27 de Junho de 2025, 08:27 - A | A

Sexta-feira, 27 de Junho de 2025, 08h:27 - A | A

PORTÃO DO INFERNO

Estudo da UFMT já apontava falhas nas obras de derrubada dos paredões

Nesta semana o Estado anunciou que a obra pode não ser executada

Thiago Portes / VGN

O governador Mauro Mendes (União) admitiu nesta semana que o retaludamento do Portão do Inferno, obra que prevê a derrubada dos paredões rochosos, pode não ser mais executado. Segundo ele, inconsistências no solo foram identificadas nos primeiros estudos técnicos. A sinalização ocorre meses após a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) ter apontado que a solução não era eficaz contra os desmoronamentos, recomendação que, à época, foi ignorada por Mendes sob o argumento de que o projeto já estava em andamento.

O geólogo Caiubi Kuhn, professor da UFMT e presidente da Federação Brasileira de Geólogos (FEBRAGEO), já havia defendido a construção de um viaduto no meio do buraco do paredão como alternativa mais segura, com base em estudos da universidade que apontaram a instabilidade do solo na região.

“O estudo realizado tinha indicado essas inconsistências de problemas no projeto e acabou prevendo o cenário atual. Caso o Estado tivesse considerado, analisado os resultados do trabalho pela universidade, talvez não teríamos perdido tanto tempo e recursos públicos”, explicou ao o geólogo Caiubi.

Em dezembro de 2023, duas quedas de rochas em menos de 24 horas levaram o governo estadual a decretar situação de emergência na região. A intervenção inclui o retaludamento, técnica usada para prevenir deslizamentos de terra, além da remoção controlada do maciço rochoso e construção de taludes.

Durante os períodos de chuva, a rodovia MT-251 frequentemente precisa ser interditada por risco de novos desmoronamentos, isolando temporariamente o município de Chapada dos Guimarães.

Para executar o retaludamento, o governo enfrentou um processo demorado de obtenção de licenças ambientais, que levou meses. Caso o governo opte pela construção de um viaduto, o geólogo Caiubi Kuhn alerta que o projeto terá que recomeçar do zero, exigindo novas autorizações ambientais.

“Qualquer mudança no projeto, demandará uma nova análise dos órgãos ambientais. Por isso que era tão importante desde o início já começar os trâmites com o projeto adequado”, falou Caiubi.

A mudança no projeto, caso o Governo opte pela construção de um viaduto, exigirá o reinício do processo de licenciamento ambiental. “Qualquer alteração exige nova análise dos órgãos ambientais. Por isso era tão importante começar, desde o início, com o projeto tecnicamente mais adequado”, alertou Caiubi Kuhn.

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