O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), criticou nessa quinta-feira (07.08) duramente o Congresso Nacional, classificando-o como “o mais acovardado que já viu” diante da crise gerada pelas tarifas aplicadas pelos Estados Unidos ao Brasil e da postura do Governo Federal.
Caiado falou após reunião em Brasília, organizada pelo governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), que reuniu governadores de oposição para discutir as medidas tarifárias e o atual relacionamento entre os Três Poderes. Participaram do encontro os governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo, Republicanos), Cláudio Castro (Rio de Janeiro, PL), Jorginho Mello (Santa Catarina, PL), Ratinho Júnior (Minas Gerais, PSD) e Wilson Lima (Amazonas, União). A reunião foi realizada na residência do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).
Segundo Caiado, a crise econômica causada pelas tarifas americanas está penalizando Estados como Goiás, especialmente setores importantes para a economia local, como o de carnes, que sofre com a queda nos preços. Ele criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por não consultar os governadores antes de tomar decisões que afetam o país e por focar em antecipar o processo eleitoral, em vez de priorizar a economia, o emprego e os investimentos.
“O presidente da República, em comunicado nacional, disse que não tem nada a falar com o presidente dos Estados Unidos. Isso demonstra insensatez e desprezo pela economia do país”, afirmou o governador.
Caiado também cobrou mais coragem e independência do Congresso Nacional para pautar e votar matérias importantes, como a anistia, e criticou a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) em decisões monocráticas, que, segundo ele, só acirram conflitos. Para ele, o caminho correto é respeitar os processos democráticos, com votações pelo plenário e decisões tomadas pela maioria.
“Acho inadmissível que o Congresso seja tão acovardado neste momento”, disse. “Se há maioria para pautar, que paute e que vote. Este é o sistema democrático.”
O governador ressaltou que os governadores não querem conviver com um governo que “fecha o Brasil e penaliza o setor produtivo nacional”, e que todos buscam ampliar mercados e encontrar soluções para minimizar a crise.
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