A delação do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) que atinge pelo menos cinco conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em segredo de Justiça.
Conforme fontes do oticias, alguns conselheiros já teriam recebido informação, de que a qualquer momento, o ministro responsável pelos processos no STJ, poderá expedir mandado de prisão contra os conselheiros delatados por Silval Barbosa e o ex-secretário Chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf. "A casa vai cair e os conselheiros já sabem disso. É questão de tempo", confidenciaram as fontes.
A delação de Silval foi feita ao vice-procurador-geral, Nicolao Dino de Castro e Costa Neto, responsável pelas delações especiais, aquelas com foro privilegiado. O ex-governador teria entregue farta documentação e gravações que comprovam o envolvimento de conselheiros, senadores, deputados estaduais e federais e outros órgãos.
Em abril deste ano, o oticias antecipou que Silval Barbosa havia detalhado em sua delação, ao Ministério Público Federal (MPF), como funcionava os esquemas de propina e quem eram os principais alvos do pemedebista. Clique Aqui e confira matéria relacionada e Aqui.
A delação envolvendo senadores, deputados federais tramitam no Supremo Tribunal de Justiça (STF), e a dos conselheiros, o ministro Luiz Fux encaminhou ao STJ.
Delação - Pedro Nadaf revelou ao MPF, a forma como foram pagos em 2013, o conselheiro do Tribunal de Contas José Carlos Novelli, à época presidente do TCE. Ainda segundo Nadaf, Novelli o procurou oferecendo vantagens no tocante a diversas situações do governo que envolvia uma soma vultosa de valores e que estavam sob fiscalização do Tribunal, como por exemplo, obras da copa do mundo em 2014, os incentivos fiscais, o Programa MT Integrado, as obras em andamento das Secretarias de Estado como um todo e até a aprovação de contas do Executivo Estadual em troca de pagamentos de propinas para a corte de Contas.
Pedro Nadaf, disse que segundo relato do ex-governador Silval Barbosa, teria fechado um acordo com o conselheiro Novelli em R$ 3,5 milhões a serem distribuídos a cinco conselheiros, em 14 parcelas, que totalizaria em aproximadamente R$ 50 milhões a título de propina paga por Silval Barbosa aos conselheiros do TCE, valor este solicitado pelo conselheiro Novelli.
Conforme Pedro Nadaf, neste acordo, foi exigido pelos conselheiros do TCE, que Silval Barbosa assinasse diversas promissórias no montante do valor das propinas a serem repassadas ao Tribunal, as quais eram resgatadas por Silval Barbosa após o devido pagamento.
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