O deputado estadual Dilmar Dal Bosco (União), líder do governo na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), minimizou nesta terça-feira (17.06) as suspeitas de irregularidades envolvendo a destinação de emendas parlamentares para compra de kits agrícolas com suposto sobrepreço. Segundo ele, não houve entrega de equipamentos em período eleitoral como citado nas investigações da Polícia Civil.
“O que eu vi é uma questão eleitoral. Alguns equipamentos teriam sido entregues nesse período, mas, pelo que sei, nenhuma entrega foi feita, nem na esfera municipal nem estadual,” disse o deputado.
Ele acrescentou: "A emenda é uma ferramenta política, é o meio que o parlamentar tem de oferecer uma ambulância a um município. Se não puder divulgar isso, fica difícil para qualquer deputado".
O nome do parlamentar aparece em um inquérito da Polícia Civil que apura um possível esquema de desvio de recursos públicos por meio de convênios firmados entre a Secretaria de Agricultura Familiar (Seaf) e o Instituto Pronatur. A investigação aponta indícios de superfaturamento de kits agrícolas financiados com emendas e prejuízo de até R$ 28 milhões aos cofres públicos.
Além de Dilmar, outros 13 deputados estaduais, um prefeito e o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Alan Kardec (PSB), também foram citados no inquérito. Apesar disso, o líder do governo descartou qualquer pressão para a saída de Kardec do cargo. “Não tem pressão nenhuma. O Alan está fazendo um bom trabalho. Deve sair apenas para disputar a eleição, mas só no ano que vem”, afirmou.
A operação, batizada de Suserano, foi deflagrada em setembro de 2024 pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor). A Polícia Civil já pediu o envio do inquérito à Polícia Federal, devido ao possível envolvimento de verbas federais.
Lembrando que os demais citados na investigação negaram qualquer irregularidade.
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