A interferência do presidente estadual do PSD, vice-governador de Mato Grosso, Carlos Fávaro, na Comissão Executiva Provisória da sigla em Várzea Grande, desagradou o vereador Wanderley Cerqueira, que estava à frente do partido no município.
Segundo Cerqueira, partidos políticos são valorizados apenas em época de eleições. “Enquanto o partido estava irregular na cidade, sem condições de lançar um candidato sequer, não houve interferência do presidente estadual, agora que está regularizado, fica fácil do vice-governador interferir no partido sem ao menos ter tido o respeito e consideração de nos chamar para comunicar”, desabafa Cerqueira.
Wanderley Cerqueira disse que a executiva estadual do PSD não investiu um “centavo” no partido no município, nem os vereadores que acompanharam o deputado Gilmar Fabris, mediador da conversa para interferência.
“Quero ver como vai ficar o partido depois das eleições. Quero ver se o vice-governador vai entregar o PSD maior ou menor do que pegou. Eu e o doutor Arilson Arruda gastamos mais de 15 mil pra regularizar o PSD em Várzea Grande. Tivemos que contratar contador, advogado, prestar contas deixar a documentação em dia, e quando tudo estava pronto, destituíram. Uma pena a forma como o vice-governador escolheu para fazer política partidária. Mas tudo bem, ele escolheu o grupo dele”, justificou.
Quanto à possibilidade de concorrer à reeleição, Cerqueira disse que está analisando, conversando com sua base eleitoral, mas não descarta.
“Tenho trabalho prestado no município há muitos anos, não teria dificuldades nenhuma em concorrer à reeleição, mas também não tenho paixão, que preciso ser vereador, estamos avaliando, mas não descarto concorrer”, finalizou.
O PSD em Várzea Grande tem quatro vereadores, sendo que um deles, Maninho de Barros já desistiu da disputa, o que vai dificultar à reeleição dos demais. O DEM já avisou que não coliga com o PSD na proporcional.
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