Em discurso nesta segunda-feira (07.07), durante a sessão “meio ambiente, COP30 e saúde global” da 17ª Cúpula do Brics, realizada no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu medidas mais duras para conter o aquecimento global e reduzir desigualdades.
Lula criticou o “negacionismo” e o “unilateralismo” de países ricos, responsabilizou grandes empresas poluentes e anunciou que o Brasil vai lançar na COP 30, em Belém, o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que pretende pagar comunidades e povos indígenas por serviços de preservação ambiental.
Para o presidente, é urgente acabar com o uso de combustíveis fósseis, triplicar a geração de energia renovável e zerar o desmatamento.
Ele também cobrou mais dinheiro para ajudar países pobres a se adaptar às mudanças climáticas. Segundo Lula, o custo dessa transição chega a US$ 1,3 trilhão, mas os recursos atuais ainda são insuficientes.
Além do clima, o presidente destacou que a pobreza e a falta de investimentos pioram a saúde global. Ele defendeu fortalecer a Organização Mundial da Saúde (OMS) e lançar parcerias para erradicar doenças como tuberculose e cólera, que ainda atingem milhões no Sul Global.
“Estamos cooperando e agindo com solidariedade. Não seremos apenas fornecedores de matérias-primas”, afirmou Lula, ao dizer que o BRICS quer tecnologia e participação em toda a cadeia de valor.
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