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Política Segunda-feira, 07 de Julho de 2025, 08:25 - A | A

Segunda-feira, 07 de Julho de 2025, 08h:25 - A | A

na Cúpula do BRICS

Lula dispara contra monopólio da tecnologia: “IA não pode ser arma de bilionários”

Lula criticou FMI e big techs e defendeu IA aberta no BRICS

Lucione Nazareth/VGN

A 17ª Cúpula do BRICS, realizada no Rio de Janeiro, foi marcada por um discurso firme do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em defesa de uma governança global justa para a inteligência artificial (IA) e por críticas ao atual sistema financeiro internacional.

Para Lula, a IA não pode ser controlada por poucos países ou bilionários. Ele defendeu que as novas tecnologias precisam seguir regras claras, ser acessíveis a todos os países e ter participação da sociedade civil e do setor privado.

“O desenvolvimento da Inteligência Artificial não pode se tornar privilégio de poucos países ou um instrumento de manipulação na mão de bilionários”, disse Lula nesse domingo (06.07). Para o presidente, é preciso criar uma estrutura de governança justa, inclusiva e equilibrada, com a ONU no centro das decisões.

Além do tema tecnológico, Lula voltou a cobrar mudanças em instituições como o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial. Ele disse que o sistema atual funciona como um “Plano Marshall às avessas”, em que os países pobres acabam financiando os ricos. Segundo ele, o BRICS tem peso econômico para ter pelo menos 25% do poder de voto no FMI, mas hoje tem apenas 18%.

No discurso, o presidente defendeu mais justiça fiscal para combater desigualdades. Ele lembrou que, desde 2015, três mil bilionários acumularam mais de 6,5 trilhões de dólares, enquanto o custo da dívida dos países mais pobres aumenta. Para ele, é preciso combater a evasão de impostos e garantir que os ricos paguem a conta.

Lula também destacou o papel do Novo Banco de Desenvolvimento, comandado por Dilma Rousseff, como exemplo de financiamento para projetos de transição justa e soberana. Para melhorar a troca de dados entre os países do BRICS, Lula defendeu a instalação de cabos submarinos diretos entre os membros do bloco.

Na área do comércio, o presidente criticou o protecionismo de países ricos e defendeu uma reforma urgente da Organização Mundial do Comércio (OMC) para garantir regras mais justas. Ele cobrou a retomada das negociações agrícolas e um pacto que separe políticas ambientais legítimas de barreiras comerciais disfarçadas.

Ao fim, Lula disse que o BRICS é hoje um ator importante para construir um mundo mais equilibrado, com mais voz para os países em desenvolvimento, mais inclusão social e tecnologia a serviço de todos. 

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