07 de Agosto de 2025
07 de Agosto de 2025

Editorias

icon-weather
07 de Agosto de 2025
lupa
fechar
logo

Penal Quinta-feira, 07 de Agosto de 2025, 15:25 - A | A

Quinta-feira, 07 de Agosto de 2025, 15h:25 - A | A

"monstro de Sorriso”

Promotor diz que pedreiro planejou chacina com frieza e agiu como ‘ser demoníaco’

Promotor pede prisão máxima e diz que réu tirou 229 anos de vida

Lucione Nazareth/VGNJur

“O grito de justiça há de prevalecer.” Com essa promessa, o promotor de justiça Luiz Fernando Rossi Pipino iniciou sua acusação no Tribunal do Júri contra Gilberto Rodrigues dos Anjos, réu acusado de assassinar brutalmente Cleci Calvi Cardoso, de 45 anos, e suas três filhas — Miliane, 19, Manuela, 13, e Melissa, 10 — em Sorriso (a 420 km de Cuiabá).

O promotor se dirigiu à família, especialmente ao viúvo e pai das vítimas, Regivaldo Batista Cardoso,  e à mãe e avó, manifestando solidariedade e reafirmando o compromisso de buscar justiça.

Voltado aos jurados, Pipino ressaltou que o julgamento não é apenas sobre um crime ou indivíduo, mas sobre os valores da civilização e da humanidade diante da barbárie cometida. Ele destacou que o papel do Ministério Público é apresentar à sociedade o julgamento de “um ser demoníaco”.

Classificando o caso como “uma guerra do bem contra o mal”, o promotor apresentou o réu como o “monstro de Sorriso”. Durante sua fala, exibiu imagens do momento da prisão e informou que avisaria antes de mostrar fotos sensíveis, para que os jurados compreendessem a dor sentida pela família.

O promotor detalhou a premeditação do crime, baseada em provas e depoimentos, mostrando que Gilberto monitorou a rotina das vítimas, estudou a casa e planejou o ataque com frieza. O réu esperou as luzes da residência se apagarem para agir com “requintes de perversidade e crueldade”.

Segundo a acusação, ele entrou na casa pulando uma janela do lavabo, enfrentando cães bravos, deixando pegadas que a perícia confirmou. Cleci lutou para sobreviver, tentando pedir socorro, enquanto as filhas tentaram ajudar e fugir, mas foram alcançadas e vitimadas.

Após cometer os crimes, Gilberto lavou o chinelo usado e saiu pelo mesmo local de entrada. Fotos e vídeos exibidos mostraram a residência, a obra onde ele estava foragido, os pertences apreendidos, incluindo uma calcinha que o promotor chamou de “troféu” do criminoso.

Durante o interrogatório, o réu mentiu sobre suas intenções, negando a agressão, mas a acusação reforçou a crueldade e o histórico violento do acusado, que já havia sido condenado por homicídio e estupro em outras cidades.

O promotor pediu que a condenação seja suficiente para mantê-lo preso pelos próximos 38 anos, ressaltando que o réu roubou “229 anos de vida” daquela família.

Leia Mais - “Contou como quem narra uma pescaria”, delegado relata frieza de autor de chacina em Sorriso

Vítimas de Chacina: Pai descreve esposa como amorosa e filhas como carinhosas e estudiosas

Pedreiro começa a ser julgado por matar mãe e três filhas em Sorriso; “Caso muito grave”, diz juiz

Siga o Instagram do VGN:  (CLIQUE AQUI).

Participe do Canal do VGN e fique bem informado:  (CLIQUE AQUI).

RUA CARLOS CASTILHO, Nº 50 - SALA 01 - JD. IMPERADOR
CEP: 78125-760 - Várzea Grande / MT

(65) 3029-5760
(65) 99957-5760