O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) denunciou o policial militar Ricker Maximiano de Moraes, 35 anos, por feminicídio qualificado, considerando, agravantes como violência doméstica, presença de descendentes, o fato de a vítima ser mãe de crianças e o uso de recurso que dificultou sua defesa.
O crime ocorreu no dia 25 de maio, quando o policial militar matou sua esposa, Gabrieli Daniel de Sousa, com três tiros dentro da residência do casal, no bairro Praeiro. O feminicídio foi cometido na frente dos dois filhos pequenos do casal, de 2 e 5 anos, que presenciaram toda a cena.
Além da denúncia, o MP requer o julgamento pelo Tribunal do Júri, a condenação do réu e a reparação por danos morais e materiais às vítimas. Também foi solicitado que, em caso de condenação, o réu perca a graduação militar e seja excluído definitivamente da Polícia Militar do Estado.
Como parte do procedimento, o Ministério Público requereu a apresentação de certidões, antecedentes criminais, laudos balísticos e de celular, além da apuração sobre possível fornecimento irregular de arma de fogo ao acusado.
Foi solicitado ainda que a Corregedoria-Geral da Polícia Militar tome ciência dos pedidos e adote as providências cabíveis.
Segundo as investigações, Ricker disparou contra Gabrieli no rosto, tórax e joelho, causando morte imediata por choque hemorrágico. Laudos periciais indicam que a vítima foi surpreendida de forma inesperada, sem chance de defesa, caracterizando recurso que dificultou sua proteção.
Após o crime, o suspeito fugiu com os filhos e os deixou na casa dos avós paternos. Posteriormente, ele se apresentou espontaneamente às autoridades.
Preso no Bope
Ricker Maximiano está preso em uma cela no Batalhão de Operações Especiais (Bope), na Capital.