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Penal Terça-feira, 15 de Julho de 2025, 14:45 - A | A

Terça-feira, 15 de Julho de 2025, 14h:45 - A | A

na Vila São João

Quatro homens vão a júri por assassinato e tiros em festa de Várzea Grande

Juiz manda a júri acusados de matar e ferir pessoas em confraternização de bairro

Lucione Nazareth/VGNJur

O juiz da 1ª Vara Criminal de Várzea Grande, Pierro de Faria Mendes, determinou nessa segunda-feira (14.07) que quatro homens sejam levados a júri popular por um assassinato e várias tentativas de homicídio ocorridos em 2015 durante uma confraternização no Domingueiras Bar, no bairro Vila São João.

Foram pronunciados Eugênio Júnior da Silva (Cabeludo ou Ceará), Rogério Sampaio das Chagas (Bocage), Ronaldo Sampaio de Oliveira (Baixinho) e José Domingos Costa Silva (Junior Cabeleireiro). Eles responderão por homicídio qualificado, referente à morte de Edemilson Rodrigues de Moraes, e por tentativas de homicídio contra outras quatro pessoas. Todos também responderão por porte ilegal de arma de fogo.

Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), um almoço beneficente terminou em tragédia no dia 8 de junho de 2015, no Domingueiras Bar. A confusão começou após um desentendimento entre Edemilson, que estaria embriagado, e Eugênio (Cabeludo/Ceará), durante a confraternização. Os disparos atingiram até pessoas sem relação direta com a briga.

Laudos periciais confirmaram que projéteis recolhidos no local foram disparados por uma arma apreendida meses depois com Rogério (Bocage). Testemunhas e vítimas reconheceram alguns dos acusados como autores dos tiros e golpes de faca.

Apesar disso, o juiz afastou algumas acusações por falta de provas suficientes, como a participação de Ronaldo e José Domingos em tentativas de homicídio contra algumas vítimas indicadas inicialmente pela acusação. Para essas situações, prevaleceu o princípio do “in dubio pro societate”, que determina que dúvidas sejam decididas pelo júri popular.

O magistrado manteve as qualificadoras do crime, como o uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas e a geração de perigo comum, já que os disparos ocorreram em via pública, em meio a uma festa com crianças, adultos e idosos presentes.

Na ocasião, Edemilson foi atingido por oito tiros e morreu no local. Amigos que tentaram socorrê-lo também foram feridos - um com tiro na perna, outro baleado de raspão na orelha após desviar um disparo com uma cadeirada, e uma terceira pessoa ferida por faca após uma arma falhar ao tentar atirar nele. Um quarto homem foi baleado nas nádegas enquanto protegia seu irmão bebê.

Agora, o Tribunal do Júri vai definir se os quatro acusados são culpados e qual será a pena aplicada. Ministério Público e defesas têm cinco dias para apresentar suas testemunhas ao processo.

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