A Justiça pronunciou Nataly Helen Martins Pereira para ser julgada pelo Tribunal do Júri pelos crimes de feminicídio qualificado e outros oito delitos pelo assassinato da adolescente Emelly Beatriz Azevedo Sena, 16 anos, ocorrido em Cuiabá. A decisão foi proferida na sexta-feira (18) pelo juiz Francisco Ney Gaíva, da 14ª Vara Criminal.
Conforme a denúncia do Ministério Público, Nataly atraiu Emelly, que estava no final da gestação, para sua casa, no bairro Jardim Florianópolis, sob o pretexto de doar roupas de bebê. No local, a acusada teria imobilizado a vítima com um golpe “mata-leão”, amarrado seus membros e colocado sacos plásticos em sua cabeça. Em seguida, realizou uma incisão abdominal para retirar o bebê ainda com vida. A jovem morreu em decorrência de choque hemorrágico, segundo laudo pericial, e teve o corpo enterrado nos fundos da residência.
Após o crime, Nataly compareceu a um hospital afirmando ter dado à luz em casa, apresentando documentos falsos para sustentar a versão.
Além do feminicídio, a ré vai responder por tentativa de aborto sem consentimento da gestante, ocultação de cadáver, subtração de criança para colocação em lar substituto, parto suposto, fraude processual, falsificação de documento particular e uso de documento falso.
A defesa alegou inimputabilidade penal, mas o juiz negou a instauração de incidente de insanidade mental por falta de provas clínicas. A prisão preventiva foi mantida. O caso será julgado pela 1ª Vara Criminal de Cuiabá.
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