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Penal Segunda-feira, 21 de Julho de 2025, 16:43 - A | A

Segunda-feira, 21 de Julho de 2025, 16h:43 - A | A

caso Renato Nery

Casal pagou R$ 200 mil para matar advogado em Cuiabá por vingança, diz MP

Casal e PMs são acusados de assassinato por disputa fundiária

Lucione Nazareth/VGNJur

O Ministério Público Estadual (MPE) apresentou na última sexta-feira (18.07) um aditamento à denúncia sobre o assassinato do advogado Renato Gomes Nery, morto em julho de 2024, em Cuiabá. A nova acusação aponta que o crime foi encomendado pelo casal Julínere Goulart Bentos e Cesar Jorge Sechi, após perderem uma disputa judicial por terras.

Segundo a Promotoria, os dois são os mandantes da execução, motivada por vingança, já que Renato havia atuado como advogado da parte vencedora no processo. A denúncia aponta que o casal pagou R$ 200 mil pela execução, que envolveu uma cadeia criminosa organizada, com a atuação de intermediários, executores e até policiais militares.

Entre os apontamentos do Ministério Público, destacam-se: a motivação torpe do crime, baseada em retaliação por perda judicial; o envolvimento direto de Julínere e Cesar na contratação dos autores do homicídio; a participação do policial militar Ícaro Nathan Santos Ferreira, inclusive com o fornecimento de arma institucional para o assassinato.

Além disso, é citado o uso de veículos com placas falsas e documentos adulterados para facilitar a fuga e dificultar a identificação; atuação do policial militar Jackson Pereira Barbosa com um intermediário ligado à área rural para contatar os executores; o pagamento parcelado pelo crime, com uso de contas bancárias de laranjas; e a tentativa de encobrir provas e obstruir as investigações, inclusive com ameaça a testemunhas.

O MPE reforça que o grupo formou uma organização criminosa estruturada, com divisão de tarefas e objetivo comum: matar o advogado e evitar que ele seguisse atuando em causas que contrariavam os interesses dos mandantes.

Com o aditamento, o casal passou a figurar formalmente como réu na ação penal. O Ministério Público pede que todos os envolvidos sejam levados a julgamento pelo Tribunal do Júri, por homicídio qualificado (motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima, e mediante emboscada), além de organização criminosa armada.

O pedido de aditamento é assinado pelos promotores de Justiça Rinaldo Segundo, Vinicius Gahyva Martins e pela promotora de Justiça Élide Manzini de Campos. Eles também promoveram a retificação do tópico que trata da participação do policial militar Ícaro Nathan Santos Ferreira.

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