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Penal Sexta-feira, 20 de Junho de 2025, 11:29 - A | A

Sexta-feira, 20 de Junho de 2025, 11h:29 - A | A

organização criminosa e homicídio

Justiça acata denúncia e PMs viram réus no caso Renato Nery

Réus no caso Renato Nery, policiais têm prisão revogada e ficam sob medidas cautelares

Lucione Nazareth/VGNJur

A Justiça Militar de Mato Grosso aceitou a denúncia do Ministério Público estadual contra quatro policiais militares investigados na Operação Office Crimes: A Outra Face, por suspeita de envolvimento no homicídio do advogado Renato Gomes Nery, ocorrido em julho de 2024, em Cuiabá. A decisão foi assinada na última quarta-feira (18.06) pelo juiz João Bosco Soares da Silva, da 11ª Vara Criminal Militar.

Os militares que passaram a responder formalmente à acusação são o sargento Jorge Rodrigo Martins, o cabo Wailson Alessandro Medeiros Ramos, o soldado Wekcerlley Benevides de Oliveira e o soldado Leandro Cardoso, além do civil Alex Roberto de Queiroz Silva. Eles são acusados de participação em organização criminosa, homicídio, abuso de autoridade, porte ilegal de arma e falsidade ideológica.

De acordo com a denúncia, Alex Roberto, com a intermediação do policial Heron Teixeira, executou o advogado Renato Nery em frente ao seu escritório. Em seguida, os policiais teriam simulado um confronto para encobrir o crime, que também inclui a execução de Walteir Lima Cabral e tentativas de homicídio contra outras duas vítimas.

Apesar da gravidade das acusações, o juiz revogou a prisão preventiva dos militares, destacando que eles são primários, possuem endereço fixo e estão afastados de suas funções na Polícia Militar. O magistrado entendeu que não há risco à ordem pública nem à instrução do processo que justifique a manutenção da prisão.

“Os acusados são tecnicamente primários, têm endereço fixo, raízes no distrito da culpa e integram os quadros da Policia Militar do Estado de mato grosso, o que significa que têm endereço certo e conhecido. Não vislumbro risco à garantia da ordem pública, constando que os réus já estão afastados de suas funções. Não vislumbro, também, qualquer risco à instrução processual ou à aplicação da lei penal que não possa ser prevenido por medidas cautelares diversas da prisão, consoante abaixo elencadas”, diz trechos da decisão.

Como medidas cautelares, os acusados deverão cumprir monitoramento eletrônico, recolhimento domiciliar noturno e suspensão do porte de armas.

A audiência de instrução foi marcada para o dia 12 de agosto de 2025, quando as provas serão debatidas em juízo.

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