O juiz da 1ª Vara Criminal de Várzea Grande, José Mauro Nagib Jorge, negou o pedido de revogação da prisão preventiva de Carlos Eduardo Sizino dos Santos, conhecido como "Mano Jhow", acusado de envolvimento no assassinato do motorista de aplicativo Jonas de Almeida Silva em março de 2019, em Várzea Grande. A decisão foi proferida no último dia 11 de junho.
A defesa de Carlos alegava a inexistência dos requisitos legais para a prisão preventiva, como ausência de individualização da conduta, fragilidade das provas e existência de condições pessoais favoráveis. No entanto, o juiz José Mauro Nagib considerou que não houve qualquer mudança nos fatos que justifique a liberdade do réu, cuja prisão foi decretada para garantia da ordem pública e aplicação da lei penal.
De acordo com as investigações, o crime foi cometido com extrema violência. A vítima foi atraída por duas mulheres para uma corrida e, ao chegar ao local, acabou sendo sequestrada, torturada e posteriormente morta por membros de uma facção criminosa. O corpo foi incinerado junto com o veículo.
Segundo o Ministério Público e a Polícia Civil, Carlos Eduardo seria o responsável por repassar ordens da cúpula da facção envolvida no crime. A denúncia aponta ainda que ele agiu em conjunto com outros acusados na execução do homicídio.
Na decisão, o magistrado destacou que Carlos já possui antecedentes criminais e que a gravidade dos fatos, associada ao risco de reiteração criminosa, justificam a manutenção da custódia. “A liberdade do acusado representa risco à ordem pública”, pontuou.
Além disso, o juiz frisou que condições pessoais favoráveis não são suficientes para revogar a prisão quando há risco real à sociedade. A audiência de instrução e julgamento foi marcada para o dia 30 de junho, às 14h.
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