Por unanimidade, os ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, negaram pedido de habeas corpus e mantiveram a prisão de Ulisses Batista da Silva suspeito de ser um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho em Mato Grosso.
Ulisses foi preso em 08 de agosto de 2018 na Operação Red Money, deflagrada pela Polícia Civil. Ele é acusado de liderar a facção criminosa que teria movimentado cerca de R$ 52 milhões por meio de taxas do crime que eram cobradas de donos de boca de fumo, membros da organização e comerciantes em Mato Grosso. Ele segue detido na Penitenciária Central do Estado.
“Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Sexta Turma, por unanimidade, denegar o habeas corpus, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator (Rogério Schietti Cruz). Os Srs. Ministros Nefi Cordeiro, Antônio Saldanha Palheiro, Laurita Vaz e Sebastião Reis Júnior votaram com o Sr. Ministro Relator” diz decisão proferida em sessão do dia 18 de fevereiro de 2020.
Entenda – Segundo apontou a Polícia Civil nas investigações Ulisses Batista assumiu papel de destaque no esquema financeiro, como também é apontado como uma das principais lideranças da facção criminosa. Além disso, foi apontado que esposa do acusado recebeu em contas bancárias cerca de R$ 1,5 milhão, no período investigado de aproximadamente 1 ano e 6 meses.
O que diz a defesa – Nos autos a defesa de Ulisses alega que ele está quase dois anos detido sem que tenha nos autos elementos e provas suficientes da participação dele na suposta organização. Ainda, que pessoas denunciadas juntamente com Ulisses, como por exemplo João Bosco de Campos, já conseguiram obter a liberdade enquanto ele (Ulisses) segue encarcerado na Penitenciária Central do Estado (PCE).
Operação Red Money - A Red Money investigou o sistema de arrecadação financeira do Comando Vermelho, que possui formato de pirâmide. Conforme a Polícia Civil, no topo do grupo está o núcleo de liderança e na base dezenas de contas bancárias, com movimentação menor, que fazem a captação de dinheiro, e, gradativamente, fazem o repasse às contas maiores.
No período de um ano e meio, de 1° de junho de 2016 a 18 de janeiro de 2018, foram identificadas a movimentação de aproximadamente R$ 52 milhões.
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