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"Esses petistas só matando raça do capeta”, disse uma das mensagens proferida por apoiadores do presidente
O Ministério Público Federal (MPF) deve apurar ataques e ameaças proferidas nas redes sociais, por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contra a vereadora de Sinop (a 503 km de Cuiabá), professora Graciele Marques (PT).
O pedido consta na Representação protocolada pela vereadora de Sinop e pela vereadora de Cuiabá, Edna Sampaio (PT), relatando que no último dia 27 de maio a vereadora Graciele passou a ser atacada em sua honra de forma massiva nas redes sociais (Facebook, Instagram e WhatsApp), sendo a ela atribuído o financiamento de outdoors pela cidade com mensagens políticas de natureza crítica ao presidente Jair Bolsonaro.
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Segundo as parlamentares, os ataques ocorreram porque Marques é vereadora filiada ao Partido dos Trabalhadores, principal partido de oposição ao Governo Bolsonaro, e “por concordar com o conteúdo veiculado nos outdoors, e por ter proximidade política com às entidades signatárias da mensagem publicitária”.
Na Representação cita Graciele recebeu as seguintes mensagens: “a desgraça petista em Sinop”, “tem que dá um jeito nessa demônia”, “invadiu os terrenos para colocar a placa”, “colocou a placa sem autorização”, “de onde você arrumou dinheiro”, “esses petistas só matando raça do capeta”.
Conforme elas, é possível perceber que as mensagens são “odientas que passaram a circular em grupos de WhatsApp carregadas de discurso de ódio, caluniosas, injuriosas e ameaçadoras, dando a sensação, inclusive, de estar em risco sua integridade física”.
Posteriormente, os outdoors foram removidos após ameaças dirigidas a empresa de comunicação visual responsável pela instalação, “sequenciado da derrubada das instalações por meio de motosserra”.
Diante disso, a Representação foi protocolado requerendo adoção imediatas de providências a serem tomadas pelo Ministério Público Federal, por serem situações de graves violações a Direitos Humanos assegurados por Tratados Internacionais aos quais o Brasil se obrigou a cumprir, para assegurar a segurança da vereadora Professora Graciele Marques dos Santos, e assim como apurar o caso e punir os responsáveis.
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