Os agentes de saúde de Várzea Grande cobram do prefeito Walace Guimarães (PMDB), melhorias salariais e a certificação profissional. Atualmente 173 agentes trabalham no município.
Segundo a presidente da Associação dos Agentes Comunitários de Saúde e Endemias de Mato Grosso, Dinorá Magalhães, Walace apresentou aos agentes comunitários um novo contrato (pelo período de 12 meses) onde oferece um salário de R$ 725 aos profissionais, para trabalhar 8 horas por dia.
“Nós não queremos voltar a ganhar salário mínimo. Queremos ganhar o salário base da categoria que é os R$ 950. Eles (administração municipal) querem nos impor esse salário que está muito aquém do ideal e abaixo do que determina a legislação. Isso nós não vamos aceitar”, disse Dinorá à reportagem do VG Notícias.
De acordo com ela, os agentes atualmente ganham um salário mensal de R$ 714 por 8 horas de trabalho por dia. Calculando os valores, Walace oferece a categoria no novo contrato, um aumento de salário de pouco mais de 1,5%, passando os R$ 714 para R$ 725, porém, eles desejam um reajuste de pouco mais de 33%, para chegar aos R$ 950.
Nessa negociação, o que chama atenção é que, segundo Dinorá, a Prefeitura recebe do Ministério da Saúde o valor de R$ 950 por cada agente, repassando apenas R$ 714, sendo que em outros municípios do Estado o valor é repassado integralmente aos profissionais, mostrando assim um “desvio” de recurso.
Outra reivindicação dos agentes de saúde é a questão da efetivação dos profissionais. De acordo com a lei federal 11.350/2006, os agentes são contratados por meio de um processo seletivo, mas Dinorá afirma que o prefeito prometeu a elaboração de uma lei em 2013, para efetivação destes profissionais, no entanto, até agora nada foi publicado e nem um agente foi efetivado.
“O prefeito está amarando este projeto e o empurrando com a barriga. Ele (Walace) prometeu efetivar no ano passado 66 agentes de saúde, mas até agora está apenas na promessa. Queremos que ele cumpra o prometido. Se o prefeito não cumprir com o combinado e nem melhorar o salário, vamos parar todas as policlínicas, os PSF’s (Programa Saúde da Família), os postinhos do município e iniciaremos uma greve”, ameaça a presidente da Associação.
Na manhã desta terça-feira (14.01), a categoria esteve reunida com o secretário adjunto de Administração do município, Antônio Roberto Possas de Carvalho, para tratar sobre a questão dos contratos e também saber um posicionamento referente à efetivação. A reunião terminou sem chegar a um acordo e foi marcado outra para a próxima segunda-feira (20.01). Caso novamente o Poder Executivo não atenda as reivindicações da categoria, os profissionais prometem na terça-feira (21.01) iniciar uma greve por tempo indeterminado.
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