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Cidades Quinta-feira, 07 de Agosto de 2025, 14:32 - A | A

Quinta-feira, 07 de Agosto de 2025, 14h:32 - A | A

SAÚDE MENTAL INFANTIL

Maioria das vítimas de estupro são crianças e Cuiabá não oferece apoio psicológico, diz vereadora

Parlamentar denuncia omissão do município e cobra implantação de rede de suporte a vítimas

Isadora Sousa & Angelica Gomes/VGN

A vereadora Maysa Leão (Republicanos) denunciou nesta quarta-feira (07.08) que o município de Cuiabá não oferece atendimento psicológico contínuo a crianças vítimas de estupro, mesmo com dados que indicam que a maioria das vítimas de violência sexual no Brasil tem menos de 14 anos. A parlamentar cobrou a criação de uma rede de suporte estruturada para garantir acolhimento e tratamento adequado às vítimas.

Segundo levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mais de 60% dos casos de estupro registrados no país envolvem crianças de até 13 anos. Em estudo realizado em parceria com o Unicef, 81% das vítimas têm até 14 anos, e em grande parte dos casos o agressor é alguém do próprio convívio familiar.

“Hoje, Cuiabá só oferece atendimento emergencial pela Rede Sentinela. As vítimas são encaminhadas para o hospital Júlio Muller e depois disso, quem cuida dessas crianças? Quem faz a psicoterapia? Quem ajuda elas a voltarem à vida?”, questionou Maysa.

A vereadora afirmou ter apresentado à Prefeitura de Cuiabá uma proposta para implantação da ONG Lírios, organização que atua há mais de uma década no atendimento a vítimas de violência em Várzea Grande. O projeto foi protocolado junto ao prefeito Abilio Brunini (PL) e à secretária municipal da Mulher, Hadassah Suzannah, mas ainda não houve resposta da gestão.

Maysa Leão também defendeu a inclusão de educação preventiva sobre violência nas escolas, com capacitação de professores e aplicação da Lei nº 14.164/2021. A norma federal estabelece a Semana Escolar de Combate à Violência contra a Mulher, a ser realizada todo mês de março, e determina a inclusão de conteúdos sobre direitos humanos e prevenção à violência no currículo da educação básica.

“Temos que ensinar nossas crianças a identificar o que é violência, o que é abuso, o que é consentimento. E isso não é ideologia, é proteção. O município tem responsabilidade direta sobre isso e precisa agir com urgência”, finalizou a parlamentar.

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