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Cidades Quinta-feira, 10 de Julho de 2025, 13:52 - A | A

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Comércio Exterior

Fiemt vê impacto direto em MT com retaliação dos EUA

Fiemt critica tarifa dos EUA e teme prejuízo à indústria de MT

Isadora Sousa/VGN

A Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) divulgou um alerta nesta quinta-feira (10.07) sobre os riscos para a economia do Estado após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar que vai aumentar em 50% as tarifas sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto.

A Fiemt considera a decisão uma ameaça direta à indústria mato-grossense. A federação avalia que a medida pode afetar a previsibilidade, a competitividade e a estabilidade das relações comerciais com os EUA, que são parceiros estratégicos do agronegócio e da indústria do Estado. A entidade defende diálogo institucional para evitar prejuízos maiores.

Mato Grosso tem forte presença no comércio exterior, especialmente com produtos ligados ao campo. É responsável por cerca de 3% das exportações mundiais de carne bovina e também se destaca como um dos maiores exportadores de ouro e gordura animal do país.

Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) mostram que os Estados Unidos foram o 17º destino das exportações mato-grossenses em 2024. Os principais produtos enviados aos americanos incluem: carne: US$ 148,5 milhões; ouro: US$ 147,1 milhões; gordura animal: US$ 43,5 milhões; gelatina: US$ 16,8 milhões e madeira beneficiada: US$ 12,5 milhões.

Além disso, o Estado exportou US$ 41,4 milhões em produtos agropecuários para o mercado norte-americano.

Segundo a Fiemt, os setores que mais podem sofrer com o aumento das tarifas são os que mais cresceram nos últimos anos na relação com os EUA: carne bovina, mineração e derivados de origem animal. Esses produtos compõem o núcleo das exportações de MT para os americanos.

O impacto também ocorre no sentido inverso: os EUA foram, em 2024, o 4º maior fornecedor de produtos para Mato Grosso, com US$ 301,8 milhões em vendas. O Estado depende de insumos como aeronaves, fertilizantes, máquinas e defensivos agrícolas — itens essenciais para manter a produtividade no campo.

A federação orienta que o setor produtivo fique atento e se mobilize para proteger seus interesses. Para a Fiemt, é essencial que empresários e entidades usem os canais diplomáticos e institucionais para buscar uma solução.

Tarifaço - A decisão foi comunicada por Trump em carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na quarta-feira (09). No texto, o republicano afirma que a taxação é uma resposta à “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), chamando o julgamento de uma “vergonha internacional”.

Lula respondeu nas redes sociais e reforçou que o Brasil é soberano. Segundo ele, qualquer punição aos envolvidos em tentativa de golpe será julgada exclusivamente pela Justiça brasileira. O presidente também avisou que aumentos tarifários unilaterais serão tratados com base na Lei de Reciprocidade Econômica do Brasil.

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