A Prefeitura de Várzea Grande acumula quase nove anos de gastos e sucessivos aditivos em uma obra de esgotamento sanitário que ainda não foi concluída. Iniciada em 2016 com valor inicial de R$ 15,3 milhões, a contratação da empresa Lumen S/A Construtora e Incorporadora já passou por 14 termos aditivos e hoje ultrapassa os R$ 37 milhões. A construtora está em recuperação judicial desde 2018.
O mais recente aditivo foi publicado nesta quinta-feira (10.07), no Diário Oficial dos Municípios Mato-grossenses (AMM-MT), e prevê a continuidade dos serviços, com valor atualizado de R$ 26.591.786,05, correspondente ao saldo remanescente do contrato.
O contrato original foi firmado em setembro de 2016, com vigência de 12 meses. Nos anos seguintes, a obra sofreu seguidas prorrogações e reajustes. Em 2019, foram acrescidos R$ 446,8 mil e aplicados R$ 564,2 mil em reajustes. Em 2020, houve nova prorrogação, um acréscimo de R$ 767,5 mil e posterior supressão de R$ 166,3 mil.
Em junho de 2021, o contrato foi renovado com valor de R$ 15,8 milhões. No segundo semestre, houve um acréscimo expressivo de R$ 13,4 milhões, elevando o custo total para R$ 30,9 milhões. Em 2022, o valor subiu para R$ 32,3 milhões com novo acréscimo de 4,44%. Já em 2023, o contrato recebeu reajuste de 11,59%, totalizando R$ 35,5 milhões.
No início de 2024, o mesmo índice de reajuste foi reaplicado, elevando o valor para R$ 37,1 milhões. No fim do mesmo ano, foi realizada uma supressão de R$ 1,9 milhão e, na sequência, um acréscimo de R$ 3,7 milhões por reprogramação de planilhas de serviços.
Apesar de todos os ajustes financeiros e contratuais, a obra continua inacabada. Não há, até o momento, previsão oficial de entrega.
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