A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil divulgou, nesta quarta-feira (09.07), uma nota oficial em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de sua família. A manifestação, que reforça declarações recentes do presidente americano Donald Trump, provocou reação imediata do Governo brasileiro e aumentou a tensão diplomática entre os dois países.
No comunicado, a embaixada classificou como “vergonhosa” a suposta perseguição política contra Bolsonaro, seus familiares e apoiadores, e afirmou que eles “têm sido fortes parceiros dos Estados Unidos”.
A posição da embaixada veio após uma série de falas de Donald Trump em apoio a Bolsonaro. No início da semana, o presidente dos EUA disse estar “acompanhando de perto” os desdobramentos das investigações no Brasil e pediu que “deixem Bolsonaro em paz”. Trump também classificou o tratamento dado ao ex-presidente brasileiro como “terrível”.
Em resposta à declaração de Trump, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou uma nota oficial reforçando que o Brasil “não aceita tutela ou interferência externa”. Ele destacou que a defesa da democracia e o cumprimento das leis são responsabilidades exclusivas dos brasileiros.
Diante da nota americana, o Itamaraty convocou o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, para prestar esclarecimentos. Atualmente, os EUA não têm um embaixador nomeado oficialmente no país. A ex-embaixadora Elizabeth Bagley deixou o cargo antes da posse de Trump, e desde então, a missão diplomática em Brasília está sob comando interino.
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