O vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta (Republicanos), afirmou que o Governo estadual deve aguardar o desfecho do processo judicial que pode levar ao leilão da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá. A declaração foi dada após reunião realizada nesta semana com representantes do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT).
Segundo Pivetta, o Estado entende que o caminho legal deve ser seguido, diante da falência da instituição e das dívidas trabalhistas acumuladas. “Ficou claro para nós que o melhor caminho é o legal: vender o patrimônio para satisfazer os credores, principalmente os trabalhadores”, afirmou.
Com dívidas estimadas em R$ 48 milhões, a Santa Casa está com seus bens penhorados pela Justiça do Trabalho, que poderá autorizar o leilão do imóvel, avaliado entre R$ 70 e R$ 75 milhões. O Governo não descarta a possibilidade de participar da aquisição, mas condiciona qualquer decisão à publicação do edital e às condições estabelecidas no processo. “Não posso dar uma nota de 0 a 10 sobre a chance de aquisição. Vamos aguardar os fatos. O que importa é que a sociedade não ficará sem hospital”, disse o vice-governador.
Pivetta também minimizou a possibilidade de desapropriação, considerada juridicamente mais complexa, e reforçou que a operação se refere somente ao imóvel, não necessariamente à manutenção da unidade hospitalar. “Vamos transferir os serviços da Santa Casa para o novo Hospital Central”, declarou.
Durante a mesma semana, o governador Mauro Mendes (União Brasil) e o vice-governador também se reuniram com o prefeito de Cuiabá, Abílio Júnior (PL), para discutir soluções na área da saúde. Pivetta destacou que, com a parceria com o município, a gestão estadual está confiante na melhoria dos serviços, especialmente com a entrada do Hospital Central e a gestão compartilhada com organizações sociais, como o Hospital Israelita Albert Einstein.
Sobre especulações eleitorais, Pivetta negou qualquer uso político da situação. “Minha campanha não será feita com demagogia. O compromisso é fazer a saúde funcionar”, afirmou.
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