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EDUCACÃO PARA INSTRUÇÃO

Advogada diz que é preciso instruir na escola “adolescentes e jovens sobre violência do homem contra mulher”

Advogada afirma que pandemia fez mulheres perceberam diversos canais para denunciar agressões

Lucione Nazareth/VGN

VGN / VG Notícias

VGN _Danusa_Oneda_OAB Lucas-MT 1

 Advogada afirma que pandemia fez mulheres perceberam diversos canais para denunciar agressões 

 

A advogada Danusa Oneda, que é pré-candidata a presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Subseção de Lucas do Rio Verde (a 332 km de Cuiabá), disse nesta semana em entrevista ao VGN No Ar que é preciso instruir as adolescentes e jovens dentro do ambiente escolar em relação “violência do homem contra mulher” para que assim novos casos sejam evitados.

Segundo Danusa, é importante que entidades de classe, como a OAB, "mergulham de cabeça” em movimentos sociais de combate a violência contra mulher, racismo, entre outros. Conforme ela, no período de pandemia do novo coronavírus (Covid-19) aumentou o número de casos de violência contra mulher, mas que isso está relacionado ao número de vítimas que tiveram coragem de denunciar seus agressores em decorrência do surgimento de vários canais que possibilitam a denúncia.

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“Cidadão presente é cidadão instruído. Por que o número de denúncias aumentou sobremaneira? Porque essa pandemia trouxe muitos canais de informação. Obviamente os números aumentaram porque a convivência no lar aumentou e isso foi prejudicial. Mas, o nível de informações foi muito maior! Aumentou o número de denúncias. O cidadão bem informado é aquele que vai atrás do seu direito”, explicou Danusa.

A advogada observou, que antes as mulheres tinham medo de denunciar seus agressores e por não receberem estrutura adequada e a segurança necessária para que não sofressem possíveis represálias.

“O que nós observamos como deficiência, era as mulheres não saber para onde ir, para onde ligar, se seriam amparadas ou não. A OAB tem uma Comissão de Defesa da Mulher que é extremamente atuante. Recentemente em Lucas do Rio Verde, foi instaurado um Núcleo de Defesa da Mulher, uma rede de apoio em que município e OAB estão envolvidos”.

Ainda, segundo ela, apesar dos avanços em proteção às vítimas o número de casos é alarmante e preocupante em todo o Estado, principalmente em Lucas do Rio Verde (local em que Danusa reside atualmente), sendo as mulheres negras as mais agredidas. “Eu vi uma matéria recentemente que mais de 230 mil de denúncias no Brasil, calculando isso daria em torno de 630 mulheres por dia fazendo denúncia. Mais de 60% dos casos são mulheres negras”, disse.

Ao final, Danusa destacou que a instrução das mulheres em relação a violência deve começar ainda “enquanto elas estão pequenas” através da escola, citando por exemplo o projeto OAB Vai à Escola desenvolvido pela entidade em Lucas do Rio Verde.

“Eu entendo que a instrução tem que começar na base. Nós temos que instruir as meninas, as adolescentes para que elas cresçam sabendo que é um homem violento. Não é só agressão física, mas também psicológica. Temos aí um leque de violência que precisa chegar ao conhecimento destas meninas e destas adolescentes. (...) quando muitos ficam para trás nós não conseguimos evoluir. E com certeza vamos lutar por essa bandeira contra a violência contra a mulher”, finalizou.

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