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VGNJUR Sexta-feira, 01 de Agosto de 2025, 08:46 - A | A

Sexta-feira, 01 de Agosto de 2025, 08h:46 - A | A

sorteios limitam ações

Partido aciona STF contra sorteios em cotas raciais de concursos

Partido argumenta que sorteios limitam ações afirmativas e violam a Constituição

Lucione Nazareth/VGN

O partido Rede Sustentabilidade ajuizou no Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação contra a União, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e instituições públicas federais que utilizam sorteios para definir a reserva de cotas raciais em concursos públicos.

A legenda sustenta que essa prática afronta a Constituição ao transformar o direito de pessoas negras, indígenas e quilombolas em uma "questão de sorte", limitando o alcance das ações afirmativas.

Desde a Lei 12.990/14, que instituiu a reserva de 20% das vagas para pessoas negras em concursos públicos federais, e mais recentemente a Lei 15.142/25, que ampliou a política para indígenas e quilombolas, aumentando a cota para 30%, houve avanços normativos e jurisprudenciais sobre o tema.

No entanto, conforme o partido, o uso de sorteios por universidades e órgãos públicos passou a restringir de forma indireta e inconstitucional o alcance dessas ações. Como exemplo, cita os editais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que registraram apenas 0,38% de efetividade na aplicação das cotas raciais em dez anos, e o Concurso Nacional Unificado (CNU), alvo de recomendações do Ministério Público Federal para corrigir falhas.

O partido argumenta que a prática viola princípios constitucionais como a dignidade da pessoa humana, a igualdade material e a vedação ao retrocesso social. Além disso, destaca que o sorteio configura discriminação racial indireta, ferindo compromissos internacionais do Brasil, como a Convenção Interamericana contra o Racismo.

"Em vez de promover inclusão e justiça social, a prática cria barreiras adicionais para o acesso de grupos historicamente marginalizados a espaços de poder e prestígio social", afirmou a legenda.

No pedido, a Rede invoca precedentes do próprio STF que reconheceram a constitucionalidade das ações afirmativas como instrumento de reparação histórica e promoção da igualdade material, vedando retrocessos sociais.

Diante disso, a Rede solicita liminarmente a suspensão imediata de todos os sorteios relacionados à aplicação das cotas e, no mérito, que o STF declare a inconstitucionalidade da prática.

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