O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que a empresa Meta, responsável pelo Facebook e Instagram, entregue os dados de dois perfis suspeitos de divulgar mensagens atribuídas a Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.
A decisão foi motivada por uma reportagem da revista Veja, que aponta que Cid pode ter utilizado o perfil “@gabrielar702” para se comunicar durante o período em que estava submetido a restrições impostas por seu acordo de delação premiada.
De acordo com a matéria, os diálogos teriam ocorrido entre janeiro e março de 2024 - cerca de cinco meses após a homologação da delação. Nas mensagens, Cid relataría pressões, criticaria investigadores e afirmaria que Moraes já teria uma sentença pronta. O sigilo nas comunicações era uma das condições impostas pelo Supremo Tribunal Federal.
A defesa de Cid nega qualquer ligação com as contas e afirma que o conteúdo é “totalmente falso”, classificando as mensagens como “fake news grotesca”. Também sustenta que o estilo da escrita e os temas abordados nas conversas não coincidem com o comportamento e os depoimentos do ex-ajudante de ordens. Em declarações prestadas ao próprio STF, Mauro Cid também negou o uso de contas alternativas.
Diante disso, Moraes determinou que a Meta: preserve todo o conteúdo dos perfis “@gabrielar702” e “Gabriela R”; informe, em até 24 horas, os dados cadastrais das contas, como e-mails, números de telefone e nome do responsável; esclareça se as contas foram acessadas por meio de notebooks ou computadores; e envie todas as mensagens enviadas e recebidas entre 1º de maio de 2023 e 13 de junho de 2025.
A decisão foi enviada à Procuradoria-Geral da República, e os advogados do caso foram notificados.
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