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VGNJUR Quinta-feira, 17 de Julho de 2025, 12:52 - A | A

Quinta-feira, 17 de Julho de 2025, 12h:52 - A | A

MORRO DE SANTO ANTONIO

Autoridades se reúnem para resolver 'feridas' de obra irregular no Morro de Santo Antônio

Investimento no Morro de Santo Antônio divide opiniões sobre turismo sustentável

Edina Araújo/VGN

Uma comitiva formada pelo governador Mauro Mendes, pelo juiz ambiental Antonio Horácio da Silva Neto, pela promotora Ana Luiza Ávila Peterlini e pelo presidente do TCE-MT, Sérgio Ricardo, visitou nesta quinta-feira (17.07) o Morro de Santo Antônio para buscar soluções sobre a polêmica obra de acesso ao local. O objetivo foi discutir soluções para a obra da trilha de acesso, que gerou críticas por ter sido executada sem estudos prévios e licença ambiental.

A trilha de 4 metros se transformou numa abertura de até 10 metros, deixando uma 'ferida na montanha' visível a quilômetros de distância, gerando críticas por parte de ambientalistas. Mauro Mendes justificou a expansão não planejada da trilha por problemas técnicos. O projeto inicial, segundo ele, com ângulo de 8,33 graus nas normas de engenharia, era 'impossível de executar' devido à geologia do morro.

Segundo Mendes, a rocha calcária fragmentada do morro dificultou significativamente a execução. Equipamentos menores (22 e 36 toneladas) conseguiam progredir somente 15 a 25 metros por semana, levando à utilização de máquina de 50 toneladas, que também enfrentava problemas de deslizamento.

Críticas do Ministério Público e ambientalistas

A promotora Ana Luiza Ávila Peterlini reforçou as críticas à obra irregular. “A construção avançou sem projetos adequados, sem estudos ambientais e sem licença”, declarou Peterlini. Para ela, a recuperação da área degradada será obrigatória, mas "essa situação poderia ter sido evitada com planejamento adequado”.

A obra resultou numa 'veia aberta na montanha', conforme descreveram ambientalistas, mostrando o impacto da trilha que excedeu as dimensões originais.

Defesa dos benefícios socioeconômicos

A prefeita de Santo Antonio de Leverger, Francieli Magalhães (PTB) defendeu o projeto. Para ela, a obra vai impactar diretamente no município em termos de turismo e economia e transformará o Morro de Santo Antônio numa atração turística importante para a região.

A gestora municipal reagiu às críticas ambientais com questionamentos. "Quem veio aqui efetivamente para ajudar e fazer algo relevante para o município?', perguntou, convidando os opositores a "desenvolver ações construtivas para a sociedade, em vez de só criticar".

"O presidente do TCE-MT, conselheiro Sérgio Ricardo, e o juiz Antonio Horácio da Silva Neto descreveram a comunidade local como "esquecida". Segundo eles, na região "qualquer investimento é bem-vindo" devido à carência de infraestrutura básica, incluindo asfaltamento."

O encontro desta quinta-feira priorizou o diálogo entre as partes. Antonio Horácio da Silva Neto, que se apresenta como um juiz "proativo", celebrou o resultado: "Que bom que está surgindo o caminho do consenso". O magistrado admitiu erros na condução do processo, mas destacou que o foco deve ser "consertar da melhor forma possível".

Entre Mauro Mendes e Ana Luiza Ávila Peterlini prevaleceu o tom respeitoso, mesmo com discordâncias técnicas. Os dois concordam que o patrimônio, "devidamente executado e adequado aos parâmetros ambientais, receberá grande visitação"."

Perspectivas futuras e gestão sustentável

Entre os próximos passos definidos está a recuperação prioritária das áreas degradadas. O presidente do TCE-MT, Sérgio Ricardo, confirmou que manterá a fiscalização sobre a obra e os recursos aplicados.

O governo estadual também anunciou estudos de concessão para manutenção do patrimônio. A medida considera que "todos os anos o morro pega fogo", demandando sistema profissional de prevenção e conservação.

 Antonio Horácio propôs distinção entre perfis ambientalistas, separando "maus ambientalistas" daqueles "que realmente querem o melhor para o meio ambiente". O objetivo é facilitar diálogo construtivo entre diferentes visões sobre desenvolvimento e preservação."

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