A Secretaria de Estado de Justiça de Mato Grosso informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a unidade prisional de Comodoro tem condições de receber e manter sob custódia o eletricista Alan Diego dos Santos Rodrigues, acusado de participação na tentativa de atentado com explosivos nas imediações do Aeroporto Internacional de Brasília, em dezembro de 2022. A manifestação foi enviada ao ministro Alexandre de Moraes no dia 9 de julho.
Com isso, Alan Diego deverá ser transferido do sistema prisional do Distrito Federal para o interior de Mato Grosso, onde permanecerá preso preventivamente por decisão do STF. A transferência atende à logística do processo e à proximidade com sua origem, já que o acusado é natural do estado.
Alan Diego foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por crimes como associação criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e atentado contra a segurança de transporte aéreo. A acusação aponta que ele teria ajudado a instalar um artefato explosivo em um caminhão-tanque com combustível, estacionado nas proximidades do aeroporto da capital federal. O plano só não foi concretizado porque o explosivo foi detectado e desativado a tempo.
A prisão preventiva de Alan Diego foi decretada por Moraes em 24 de junho, após a nova denúncia oferecida no âmbito da Operação Lesa Pátria. A medida também alcançou outros dois investigados: George Washington de Oliveira Sousa e Wellington Macedo de Souza. Alan Diego teve audiência de custódia realizada no dia 27 de junho, e desde então estava sob custódia enquanto a Justiça avaliava as condições para seu cumprimento de pena em Mato Grosso.
A decisão do STF pela manutenção da prisão e a confirmação da estrutura da unidade de Comodoro consolidam a expectativa de que a transferência ocorra nos próximos dias, conforme autorização judicial. O processo segue sob relatoria de Alexandre de Moraes e está em fase de nova manifestação da Procuradoria-Geral da República.
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