O Distrito Federal movimentou R$ 5,86 bilhões em valor bruto da produção agrícola (VBP) em 2024, segundo relatório da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). A área cultivada foi de 204 mil hectares, com destaque para os setores de floricultura, fruticultura e pecuária, que juntos puxaram o crescimento.
A pecuária liderou a arrecadação, com R$ 2,19 bilhões, quase um terço do total. A floricultura, por sua vez, teve o maior crescimento proporcional, com alta de 29,39% sobre o ano anterior. Já a fruticultura cresceu 18,43%, somando R$ 274 milhões.
O relatório engloba seis cadeias produtivas: olericultura, grandes culturas, fruticultura, floricultura, silvicultura e pecuária. O presidente da Emater-DF, Cleison Duval, destacou o papel da diversificação e do uso de tecnologia. “O DF continua sendo um expoente da agropecuária nacional”, afirmou.
O comércio de flores, plantas ornamentais e arranjos movimentou R$ 265 milhões em 2024, frente aos R$ 205 milhões de 2023. O setor foi impulsionado por itens como forrações, palmeiras e plantas de vaso.
Na fruticultura, o abacate foi o principal produto, com R$ 65,3 milhões em arrecadação e 6,6 mil toneladas colhidas. A expansão da produção é resultado do projeto Rota da Fruticultura, que envolve a Emater-DF, a Secretaria de Agricultura (Seagri-DF) e a Codevasf.
A goiaba foi a fruta mais cultivada, com produção de 7.060 toneladas em 396 hectares. Ainda assim, rendeu R$ 30,3 milhões, menos da metade do abacate. O agricultor Assis Rosário, de 50 anos, investiu no cultivo da fruta em 2020 e hoje mantém 1,7 mil pés. Segundo ele, a assistência técnica foi decisiva para o sucesso da produção.
A Emater-DF também orienta os produtores no acesso a linhas de crédito e programas de compra pública, como PAA, Pnae e Papa. “Esses programas são fundamentais, porque garantem preço justo e estabilidade”, afirmou o agrônomo Fernando Landim.(Com assessoria)