Com previsão de movimentar cerca de R$ 27 bilhões na próxima safra, a cultura do algodão segue se fortalecendo como um dos pilares da economia mato-grossense. Nesse cenário, o intercâmbio técnico e o uso de tecnologias sustentáveis ganham protagonismo nas estratégias voltadas ao aprimoramento da cadeia produtiva.
Mato Grosso deve colher aproximadamente 2,67 milhões de toneladas de algodão em pluma na safra 2024/25, com produtividade média estimada em 284,26 arrobas por hectare, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O Estado se mantém como maior produtor nacional e avança também nas discussões sobre sustentabilidade e qualidade da fibra.
Durante encontros como o Dia Técnico do Algodão, em Sorriso, e o Encontro Qualidade de Fibra, em Campo Verde, pesquisadores, consultores e produtores discutiram alternativas para elevar a produtividade e promover práticas regenerativas no campo. Uma das tecnologias avaliadas utiliza fertilizantes à base de coprodutos de peixe nativo, ricos em aminoácidos.
Os resultados de campo vêm sendo observados em áreas comerciais e apontam impactos positivos na saúde do solo e no vigor das plantas, especialmente em períodos de estresse ambiental. Em Diamantino, por exemplo, um experimento com variedade de algodão considerada exigente em manejo apresentou maior pegamento das estruturas reprodutivas e desenvolvimento visivelmente superior, de acordo com imagens térmicas.
Especialistas destacam que o suporte técnico e o acompanhamento personalizado durante o uso de bioinsumos são fatores-chave para o sucesso da aplicação. A troca de experiências entre agricultores e equipes de pesquisa tem fortalecido a adoção de práticas mais sustentáveis.
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