O mês de julho será de temperaturas desafiadoras para o agronegócio mato-grossense. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), as chuvas devem se manter irregulares em boa parte do Brasil, com destaque para temperaturas acima da média em regiões produtoras do Estado, como o norte e o sudoeste de Mato Grosso.
A previsão é de que os termômetros registrem até 2 °C acima da média, especialmente na faixa que compreende o centro-sul do Pará, o norte e o sudoeste mato-grossense, além da região do MATOPIBA. O aumento do calor, aliado à baixa umidade do ar, eleva a demanda hídrica das plantas e impõe riscos ao desenvolvimento de culturas irrigadas ou permanentes, sobretudo em áreas com solos de baixa retenção de água.
Por outro lado, a estiagem pode beneficiar a colheita do milho segunda safra e do algodão, duas das principais culturas do Estado. O tempo firme contribui para o bom andamento das operações no campo, mas exige manejo criterioso para evitar perdas relacionadas ao estresse hídrico.
Além disso, há alerta para a possibilidade de geadas em algumas áreas do Brasil, o que pode afetar lavouras em fase reprodutiva, como o milho. Apesar disso, o fenômeno pode favorecer o trigo em regiões de cultivo.
Enquanto isso, no restante do país, a previsão indica redução das chuvas na parte central, com volumes abaixo da média em áreas do Norte e do Sul, como o oeste do Paraná e o nordeste do Rio Grande do Sul. Já o litoral do Nordeste deve registrar acumulados superiores a 60 mm.
Especialistas recomendam que os produtores fiquem atentos às condições climáticas diárias e ajustem o manejo das lavouras conforme a necessidade, para preservar a produtividade e evitar prejuízos.
Leia também - Agricultura familiar de MT recebe investimento de R$ 9,6 milhões