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VGN AGRO Quarta-feira, 06 de Agosto de 2025, 16:57 - A | A

Quarta-feira, 06 de Agosto de 2025, 16h:57 - A | A

MT NO TOPO

Com soja puxando safra recorde, terras em MT lideram valorização e concentram fazendas mais caras do país

Preço das terras rurais no Brasil sobe mais de 110% desde 2019

Redação/VGN

O valor das terras agrícolas e de pastagem no Brasil disparou nos últimos anos. Entre 2019 e 2024, os preços subiram mais de 110%, quase quatro vezes acima da inflação acumulada no período, que foi de 33,63%. A alta reflete o avanço do agronegócio nacional, que deve colher uma safra recorde de 339,6 milhões de toneladas em 2025, puxada principalmente pela soja.

Mato Grosso, maior produtor de grãos do país, também lidera no preço das propriedades rurais. Segundo levantamento da plataforma especializada Chãozão, quatro das dez fazendas mais caras à venda no Brasil estão no Estado. As três primeiras colocadas também estão em território mato-grossense.

O destaque vai para uma fazenda localizada no município de Nova Ubiratã, avaliada em R$ 5,8 bilhões. A propriedade possui 66 mil hectares, pista de pouso homologada para jatos, casa sede de luxo e estrutura completa voltada à agricultura e pecuária.

A valorização acelerada das terras no Estado tem relação direta com a alta rentabilidade das lavouras de soja, milho e algodão, commodities valorizadas no mercado internacional.

A demanda global crescente por alimentos e o protagonismo brasileiro no setor tornam o território ainda mais atrativo para investidores. Além disso, melhorias na infraestrutura logística — como rodovias, ferrovias e portos — vêm reduzindo custos e ampliando a competitividade da produção.

Outro fator que impulsiona o mercado é a presença de fundos de investimento e capital estrangeiro. O interesse internacional por terras brasileiras cresceu, especialmente por parte de investidores dos Estados Unidos, Reino Unido, China, Alemanha e Austrália. Apesar da procura, a legislação brasileira impõe restrições à aquisição de propriedades por estrangeiros, exigindo autorização do Incra e, em áreas sensíveis, do Conselho de Defesa Nacional.

A instalação de 17 biorrefinarias de etanol de milho em Mato Grosso também tem fortalecido o cenário econômico regional. A maior delas, a Inpasa — considerada a maior biorrefinaria da América Latina —, produz bilhões de litros de etanol a partir da produção local de milho, agregando valor e reduzindo os custos logísticos para os produtores.

A procura por terras no Estado aumentou nos últimos anos, com destaque para áreas ao longo da BR-163, importante rota de escoamento da safra. Grandes negócios seguem sendo fechados de forma discreta, como as recentes aquisições feitas pelo Grupo Bom Futuro, que ultrapassou 650 mil hectares em áreas produtivas em Mato Grosso.

Hoje, o Estado lidera a produção nacional de soja, milho e algodão e detém o maior rebanho bovino do país, com mais de 34 milhões de cabeças. O modelo de manejo integrado entre lavoura e pecuária permite até três safras por ano, combinando a produção de grãos com a criação de gado.

Para especialistas, o cenário de valorização das terras reflete não apenas o sucesso da produção agropecuária brasileira, mas também uma movimentação estratégica de investidores que enxergam em Mato Grosso um território decisivo para a segurança alimentar global.

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