O governador Pedro Taques (PSDB) e o novo titular da Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc), Marco Marrafon, afirmaram que estão abertos ao diálogo com os estudantes que ocupam estadual Elmaz Gattas Monteiro, em Várzea Grande, desde a noite de domingo (22.05).
Nesta segunda-feira (23.05), Taques assegurou o posicionamento de o governo manter o diálogo franco com os jovens e esclareceu os pontos defendidos na pauta de reivindicações dos estudantes.
Sobre a possível privatização de 76 das 456 unidades escolares, um questionamentos dos estudantes, Taques reafirmou que o Estado não irá privatizar nenhuma unidade e que o processo de Parceria Público Privada (PPP) será amplamente debatido com a população.
“Não acreditem em mentiras, nós não privatizaremos escolas. A PPP não significa privatização, a estrutura física do prédio será gerida pela iniciativa. Isso significa dizer que o banheiro quebrado, que a descarga com problema, que a pintura, por exemplo, serão executados pela parceria, mas a gestão disso será feita, notadamente, pelos servidores públicos. Nós não podemos mudar, a escola tem que ser pública”, completou.
Os jovens também reclamam de uma suposta militarização das escolas na distribuição de uniformes iguais. O governador explicou que esta é primeira vez que o Estado ajuda a subsidiar os uniformes dos estudantes e que as camisetas são iguais por uma série de fatores, entre eles a segurança dos próprios alunos, dos educadores e das escolas. “Distribuímos mais de 800 mil camisetas”.
Sobre o suposto desvio de R$ 56 milhões, que seriam destinados a obras da Seduc, caso que tem sido investigado tanto pelo Ministério Público Estadual (MPE) quanto pela Controladoria Geral do Estado (CGE) o secretário Marco Marrafon afirmou que este é o valor total das obras e não o valor desviado e que os empreendimentos foram suspensos por 60 dias para que a Controladoria analise os casos.
Conforme análises preliminares, dez obras contam com contratos suspeitos e os desvios seriam de 3% a 5% dos contratos. “Não envolve a ordem de R$ 56 milhões. Foi detectado pelo secretário José Arlindo que houve tentativas, mas isso não foi bem sucedido. Ou seja, ele é muito menor do que se coloca. A gente vai aguardar os relatórios, fazer as auditorias e tomar todas as medidas de controle para que isso não volte ocorrer. Então, temos o projeto de organizar a parte administrativa, a parte de obras, para que haja um controle efetivo e não haja mais possibilidade que isso volte a acontecer”, concluiu.
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