Quem observa a agenda e o comportamento do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, pode enxergar um candidato à presidência da República. Na definição do jurista Luiz Flávio Gomes, em artigo no 247, ele "adula o povo, com seus sedativos populistas" e já foi transformado em herói nacional e salvador da pátria pela mídia, com amplo apoio popular.
Outro exemplo foi a reunião que o ministro teve no início dessa semana com representantes da categoria de magistrados, resultado de sua polêmica mais recente. O encontro com as entidades de classe foi aberto à imprensa, para que assim pudesse alimentar a "imagem de santo guerreiro que a todos enfrenta com destemor", como bem descreveu a colunista do Estadão Dora Kramer.
A nova, agora, é a preparação de uma biografia, que está sendo escrita pelo colega Wellington Geraldo Silva, atual secretário de Comunicação do STF, de acordo com Ancelmo Gois, do jornal O Globo. Foi Wellington quem divulgou uma nota com pedido de desculpas, no início de março, depois que Barbosa xingou um repórter do Estadão de "palhaço" e mandou-o chafurdar no lixo. Segundo o colunista, cinco editorias já estão interessadas pelo projeto.
Procurado pelo 247, o secretário de Comunicação solicitou que o pedido fosse encaminhado a seu e-mail pessoal, por tratar-se "de assunto de esfera privada" e "não relacionado" à sua atuação no Supremo Tribunal Federal. Disse ainda que responderia à solicitação do portal – que pedia mais detalhes sobre o livro – apenas em seu intervalo de almoço.
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