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“Muita água ainda vai passar debaixo da ponte”, avisa Jayme sobre investigação da CPI da Covid
O senador Jayme Campos (DEM) afirmou ao que “muita água ainda vai passar debaixo da ponte” na Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado (CPI da Covid), e que cada fato revelado causa ainda mais “intranquilidade política” ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O democrata evitou comentar as denúncias reveladas recentemente sobre suposto pedido de propina na formalização de contrato para aquisição de vacina, e fraudes na negociação de 20 milhões de doses da Covaxin. Segundo ele, é dever da CPI apurar todos os fatos de forma parcial e sem fazer qualquer prejulgamento.
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“A CPI tem obrigação de fazer esse trabalho, entretanto acho que é muito cedo para fazer uma avaliação mais profunda, pelo fato que acho que muita água ainda vai passar debaixo da ponte, até porque já teve o pedido prorrogação da CPI por mais 90 dias”, declarou Jayme.
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Apesar disso, o senador apontou que o andamento das investigações vem tomando uma proporção desconfortável para o Governo, inclusive com episódio em que o presidente Jair Bolsonaro teria dito aos irmãos Miranda que a negociação suspeita para aquisição da vacina Covaxin seria “rolo” do deputado federal, Ricardo Barros (Progressista/PR). O caso foi revelado pelo deputado federal, Luis Miranda (DEM-DF).
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“As denúncias precisam ser apuradas à luz do dia, como é o caso da denúncia contra o deputado Ricardo Barros. Ele precisa ser apurado para saber se é verdade ou se é mentira. Ele será ouvido e terá direito a ampla defesa. Agora que ninguém pode desconhecer que está tomando uma proporção desconfortável para o Governo. Causa até certo ponto fragilidade do Governo. Intranquilidade para Bolsonaro”, disse Jayme.
Ainda segundo o parlamentar, se confirmada as denúncias é necessário que o Governo adote medidas para punir aquelas pessoas que contribuíram pela morte de mais 500 mil pessoas em decorrência da Covid-19.
“Comprovada as denúncias, o Governo tem que penalizar as pessoas que contribuíram para mortalidade de mais de 500 mil pessoas. Isso é muito grave. As pessoas que ficaram na contramão da pandemia e que contribuíram para esse triste número tem que ser penalizado na forma da lei. Mas, agora ninguém pode afirmar nada, só depois de ter apurado todos os fatos”, finalizou.
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