O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi, recebeu, na quarta-feira (28.05), representantes da Potássio do Brasil para apresentação do Projeto Potássio Autazes, iniciativa para produção nacional de cloreto de potássio.
Embora a extração ocorra em Autazes (AM), o principal impacto será em Mato Grosso, que consome sozinho cerca de 5 milhões de toneladas de potássio por ano. A proposta busca reduzir a dependência de importações, que representam mais de 85% da demanda nacional.
Durante a reunião, participaram o presidente do Conselho da Brazil Potash, Mayo Schmidt, o diretor Willian Con Steers e o consultor Luiz Antonio Pagot, ex-diretor-geral do DNIT.
"O Projeto Potássio Autazes representa um avanço estratégico para o Brasil e, especialmente, para Mato Grosso, que é o coração do nosso agronegócio. Produzir potássio em solo nacional é garantir mais segurança alimentar, menos dependência externa e mais competitividade para o produtor rural. Além disso, é um projeto que traz desenvolvimento com responsabilidade ambiental e social, respeitando a Amazônia e gerando oportunidades para a população. Mato Grosso apoia iniciativas como essa, que olham para o futuro com seriedade e compromisso", afirmou Max Russi.
O projeto recebeu a Licença de Instalação de todos os órgãos ambientais competentes, autorizando o início da implantação. A empresa iniciará a supressão vegetal das áreas autorizadas e a instalação do canteiro de obras.
Com investimento de 230 milhões de dólares na fase de pesquisa, o projeto identificou reserva de 170 milhões de toneladas de cloreto de potássio a 800 metros de profundidade. A usina terá capacidade para beneficiar 8,5 milhões de toneladas de minério por ano, produzindo 2,2 milhões de toneladas de potássio granulado.
O produto será escoado por via fluvial até o porto de Urucurituba, no rio Madeira, priorizando o abastecimento de Mato Grosso.
O projeto prevê 2.600 empregos diretos e milhares indiretos. A logística permitirá redução de até 1,2 milhão de toneladas de CO₂ em comparação com importações. Será construída linha de transmissão de 160 km, beneficiando mais de 100 mil pessoas com energia renovável.
O único subproduto será cloreto de sódio (sal), que será reinjetado no subsolo com segurança, sem lançamento em rios ou lençóis freáticos. (Com assessoria da ALMT).
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