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Política Quinta-feira, 25 de Abril de 2024, 11:02 - A | A

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protocolo de intenções

Prefeituras de MT integram esforços para combater incêndios florestais nos três biomas do Estado

Protocolo de intenções para intensificar ações de combate aos incêndios florestais contempla todos os municípios

Adriana Assunção & Angelica Gomes/VGN

O presidente da Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM), prefeito de Primavera do Leste (234 km de Cuiabá) Leonardo Bortolin, afirmou em entrevista à imprensa nesta quinta-feira (25.04), que o protocolo de intenções para intensificar as ações de combate aos incêndios florestais em Mato Grosso, contempla todos os municípios, independente de qual bioma.

“Reunimos hoje secretários municipais, integrantes do Corpo de Bombeiros, dos sindicatos rurais, as lideranças estaduais - que representam essas entidades -, para poder dizer que só vamos conseguir avançar na prevenção e no combate aos incêndios florestais nos três biomas de Mato Grosso se trabalharmos de forma integrada”, declarou Bortolin.

O protocolo inédito assinado pelas Secretarias de Estado de Meio Ambiente (Sema) e Segurança Pública (Sesp), Corpo de Bombeiros e Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) prevê que as Prefeituras criem “Salas de Monitoramento de Incêndios Florestais” e realizem a contratação de brigadistas municipais por um período de quatro meses. A capacitação destes profissionais ficará sob a responsabilidade do Corpo de Bombeiros.

Defendendo um trabalho integrado, Bortolin esclareceu que os municípios sozinhos “não conseguem fazer nada”. Ele explica, que os municípios podem atuar colocando equipamentos à disposição, seja um caminhão-pipa, uma pá-carregadeira ou outro instrumento da Prefeitura.

A cooperação inclui também a participação de produtores rurais: “Desde aeronave para fazer a aplicação na lavoura, podemos utilizar para auxiliar levando água, desde pá-carregadeira, de motoniveladora, ou seja, é uma força-tarefa para evitar que esse ano os incêndios assolem o Estado de Mato Grosso.

Sobre o protocolo de intenções, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Alessandro Borges, afirmou que o debate pretende aglutinar todos os municípios do Estado, para a ação chegar à ponta, envolvendo todos.

“É importante para aumentar o nosso alcance dentro do Estado, é um Estado muito grande e toda Prefeitura tem também a sua responsabilidade. Hoje estamos chamando aqui para fazer um trabalho preventivo, levar a informação na ponta, mostrar que nesse período, de julho a outubro, temos uma questão climática muito forte com estiagem, é um tempo muito seco, e nesse período é proibido qualquer tipo de fogo, e todos têm que ajudar”, declarou Borges.

O coronel Alessandro Borges enfatizou o decreto publicado pelo Governo do Estado, que estado de emergência ambiental por regiões. Segundo ele, o decreto foi elaborado com base na informação que aponta um período longo de estiagem no Estado. “Vamos ter um pouco mais de estiagem neste ano. O Governador do Estado já decretou no Cerrado e na Amazônia, um período que vai até novembro e no Pantanal até dezembro, e isso quer dizer, que nesse período, principalmente na área rural, não poderão utilizar o fogo.”

O presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo chamou atenção para os trabalhos conjuntos, considerando especialmente as mudanças climáticas. “Somos um dos poucos Estados brasileiros do mundo em que temos três ecossistemas, Pantanal, Cerrado e Amazônia. E todos os anos temos dificuldades, enfrentamos incêndios, assim como enfrentamos a seca. E as mudanças climáticas, elas são muito claras nas nossas vidas.”

Segundo ele, Mato Grosso tem pouca estrutura para enfrentar os focos de incêndios. “Hoje, no Corpo de Bombeiros, nós temos 1.500 homens e eu diria apenas. Porque os focos de incêndio são muito espalhados pelo Estado de Mato Grosso e não dá para atender todos os lugares ao mesmo tempo. Temos percentuais assustadores, o incêndio criminoso, aquele que o sujeitou, ou seja, o incêndio ilegal, passa de 90%.”

Segundo Sérgio Ricardo é preciso realizar um trabalho de prevenção, fiscalização e punição com pagamento das multas. Ele afirma que o trabalho conjunto dá condição para um efetivo trabalho no combate aos incêndios. “Porque senão fica uma grande parte da população, do poder público, trabalhando, tentando evitar, tentando combater, tentando prevenir. Mas a grande maioria não obedece. Ficam causando os incêndios criminosos, causando os incêndios ilegais.”

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