O requerimento do deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR) solicitando a realização de um plebiscito para a sociedade escolher entre o VLT ou BRT como modelo de transporte, continua dando o que falar na Assembleia Legislativa e foi objeto de discussão entre os parlamentares durante a última sessão na Casa de Leis.
O deputado José Carlos do Pátio (Solidariedade) disse ser contra o requerimento e afirmou que o momento para se discutir o modelo de transporte já passou e que agora é momento de concluir as obras do modal.
“Eu sou contra esse plebiscito. Tem que continuar a obra do VLT. Voltar atrás não. E o dinheiro público que foi investido? Tem que terminar essa obra, porque volta atrás é um absurdo é uma irresponsabilidade por parte do governo”, declarou o deputado.
Pátio disse que toda a polêmica que provocou o pedido de plebiscito por parte de Pinheiro é “culpa” do governador Pedro Taques (PDT) que não se posicionou de forma definitiva sobre o assunto.
“O deputado fez requerimento porque o governador não se posicionou. Se o governador se posicionar e garantir que vai fazer o VLT eu tenho certeza que o senhor deputado tira esse pedido de plebiscito” frisou o parlamentar. E ainda completou: “O requerimento dele está deixando todos os deputados em uma situação constrangedora”.
O líder do governo na Assembleia, deputado Wilson Santos (PSDB), explicou ao colega de parlamento que desde a época da campanha, Taques sempre prometeu continuar com as obras do VLT.
“A posição do governo é de continuar com as obras do VLT. Quem propôs o plebiscito foi o deputado Emanuel Pinheiro respaldado por oito deputados que assinaram o requerimento. Essa não é a posição do governo”, rebateu o deputado tucano.
Santos disse ainda que a demora para a retomada das obras da implantação do VLT se deve pelo fato que o Governo preferiu realizar auditorias para descobrir o valor gasto pela antiga gestão na obra, o quanto precisa ser investido para sua conclusão e o que ainda falta, em termo de construção, para que tudo fique pronto.
Já o deputado Emanuel Pinheiro, autor do requerimento, afirmou na sessão que se o governo garantir aos parlamentares e a toda sociedade mato-grossense que irá concluir as obras do VLT, ele (Pinheiro) retira o pedido de plebiscito.
“Eu reafirmo aos senhores deputados que vou até as últimas consequências se o governador continuar com a indefinição de concluir ou não as obras do VLT. Por meio desse plebiscito vou chamar o povo para que eles então decidam qual modelo de transporte eles querem, não deixando assim a definição apenas a cargo do governador”, finalizou o republicano.
Deputados estimam que o plebiscito proposto pelo republicano pode custar em torno de R$ 4 milhões aos cofres públicos. Caso o pedido seja aprovado pelos parlamentares o plebiscito será realizado pela Justiça Eleitoral.
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