O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), admitiu nessa segunda-feira (14.07) que o pagamento de 1/3 de férias de professores sobre 15 dias de recesso - direito previsto na Lei Orgânica do Município desde 2020, mas nunca pago - pode custar entre R$ 6 milhões e R$ 9 milhões por ano, além de gerar um passivo acumulado de até R$ 30 milhões.
Por causa disso, Abilio decidiu retirar da Câmara Municipal o projeto de lei que alterava a forma de pagamento do benefício. A decisão foi tomada após pressão de vereadores da base, que pediram mais tempo para discutir de onde sairão os recursos para cobrir a despesa.
Segundo o prefeito, se o pagamento for mantido, será necessário cortar gastos de outras áreas, como obras de asfalto, reformas de escolas e manutenção predial. Ele afirmou que o valor de um ano daria para asfaltar dois bairros inteiros em Cuiabá.
“Não existe dinheiro sobrando. Para pagar esse direito, vamos ter que cortar de outro lugar. Se o Parlamento decidir manter, vamos respeitar, mas alguém vai ter que perder esse recurso em outra área”, disse Abilio.
Ele também negou que a retirada seja um recuo por causa de críticas, reforçando que enviou o projeto para manter as contas equilibradas, mas que a decisão final cabe aos vereadores.
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Uma reunião entre o prefeito e os vereadores está marcada para quarta (16) para definir de onde virá o dinheiro, caso o pagamento do benefício seja mantido. O gasto também precisará ser incluído no orçamento, o que pode obrigar cortes em outros setores.
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