O deputado estadual Júlio Campos (União Brasil) voltou a defender, nesta segunda-feira (14.07), que o partido lance uma candidatura própria ao governo de Mato Grosso nas eleições de 2026. Segundo ele, a base partidária — composta por prefeitos, vereadores e demais lideranças — já sinalizou apoio à proposta. “É o que o partido quer: uma candidatura própria ao governo. A base quer isso”, afirmou.
Durante entrevista ao portal , após uma reunião política no Palácio Paiaguás, o parlamentar reafirmou que o senador Jayme Campos, também do União Brasil, está autorizado a desenvolver seu projeto político para a disputa. “O senador já está autorizado a construir o projeto dele. Se ele quiser ser governador, ele pode, se ele quiser ir à reeleição ao Senado. A escolha é dele”, afirmou Júlio, destacando que ainda não há definição oficial sobre o cargo que Jayme pretende disputar.
Sobre o compromisso do governador Mauro Mendes com o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), Júlio afirmou que Mauro Mendes deixou claro que se tratar de um compromisso pessoal, e não partidário.
“O Pivetta é do Republicanos. O governador disse que tem um compromisso pessoal com ele, mas não com o partido. O União Brasil está livre para viabilizar o que quiser”, declarou.
Para o deputado, caso o União Brasil opte por candidatura própria, será natural que cada sigla siga seu caminho. “Se, por acaso, não houver coligação e o partido decidir pela candidatura própria, quem não estiver satisfeito pode pedir licença. Mas esse não é o pensamento agora. Cada um está fazendo o seu trabalho”, ponderou.
Júlio Campos afirmou que o governador Mauro Mendes ainda não tomou uma decisão definitiva sobre deixar o cargo para disputar uma vaga no Senado. “Ele ainda está aguardando. Disse que decide até o fim do ano. Há muitas conversas, muitas obras para concluir, e ainda não se decidiu”, comentou.
O deputado também comentou que, caso o governador seja candidato ao Senado, a primeira-dama deverá disputar as eleições. Segundo o próprio governador, ela pretende concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa, mas ele prefere que, se ela for disputar, seja ao cargo de deputada federal.
Ele destacou que, independentemente de o governador deixar ou não o cargo, Pivetta não depende de Mauro Mendes para viabilizar sua candidatura ao governo. “Pivetta tem dinheiro e estrutura suficientes para bancar uma candidatura competitiva. Não depende de ninguém. Acabou de vender uma usina por quase um bilhão de reais. Tem recursos até para disputar a Presidência da República, se quiser”, ironizou.
O encontro desta segunda-feira contou com a presença do governador Mauro Mendes, do senador Jayme Campos, do próprio Júlio Campos e dos deputados Dilmar Dal’Bosco, Eduardo Botelho e Fábio Garcia. A deputada Gisela Simona, segundo ele, não compareceu por estar em Brasília, e o deputado Sebastião Rezende foi representado por Dilmar.
Júlio encerrou a conversa em tom descontraído, revelando que a reunião coincidiu com o aniversário de sua irmã. “Estávamos ali, fazendo um brinde também — tudo dentro do clima político”, finalizou.
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