A vereadora Maysa Leão (Republicanos) usou a tribuna da Câmara de Cuiabá, nesta quinta-feira (02.10), para se manifestar sobre o pedido de cassação protocolado contra o seu mandato. O caso está relacionado à audiência pública de 25 de agosto, presidida por ela, quando uma adolescente de 16 anos relatou abusos sofridos por familiares.
Em seu discurso, Maysa afirmou que enfrenta um desgaste político e pessoal com a denúncia, mas pediu apoio dos colegas parlamentares para que o processo seja arquivado. “Mesmo quando estamos seguros e tranquilos, é sempre um desgaste para a família, para a pessoa. Só quem enfrenta a trincheira da política, se candidata, vai para as ruas pedir a confiança do eleitor e chega até aqui, sabe o quanto é difícil. Então hoje, eu gostaria de pedir o apoio dos nobres pares. Aconteceu comigo algo que poderia ter acontecido com qualquer um dentro desta Casa”, declarou.
A parlamentar destacou que, no momento em que a adolescente pediu para falar, ela estava acompanhada de psicóloga e assistente social e apresentou autorização da mãe. Maysa também lembrou que a mesa diretora contava com representantes do Ministério Público, uma secretária municipal e uma delegada. “Ficamos todos surpresos quando a jovem falou sua idade, mas quem a trouxe me enviou a autorização legal e confirmou que o depoimento era um desejo dela. Eu não interrompi para não causar uma nova violência”, afirmou.
Segundo a vereadora, o depoimento foi retirado das transmissões oficiais, mas trechos acabaram sendo gravados por terceiros antes da exclusão. “Quando a audiência terminou, pedimos a retirada do conteúdo do ar, mas infelizmente algumas pessoas gravaram antes. A identidade da jovem foi preservada, e ela segue a vida dela em paz”, disse.
Maysa reforçou que o Ministério Público da Vara da Infância e Juventude já havia arquivado o caso, concluindo que não houve dolo de sua parte e que a adolescente não foi exposta à sociedade cuiabana.
O processo foi analisado pela 14ª Promotoria de Justiça Cível da Infância e Juventude de Cuiabá, que decidiu pelo arquivamento da apuração no âmbito de sua competência. O MP apontou que a adolescente participou da audiência de forma espontânea, com autorização da responsável legal, e que a transmissão foi suspensa no momento do depoimento. O vídeo também foi retirado do canal da Câmara, preservando a identidade da menor.
O pedido de cassação contra Maysa foi motivado pela audiência pública sobre violência sexual contra crianças e adolescentes, em que a adolescente fez um relato pessoal sobre abusos sofridos desde a infância.
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