A deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) e a ativista sueca Greta Thunberg estavam a bordo da Flotilha Global Sumud, interceptada nessa quarta-feira (01.10) pela Marinha de Israel quando tentava levar alimentos e medicamentos à Faixa de Gaza.
O grupo, formado por voluntários de mais de 40 países, é acusado por Israel de tentar furar o bloqueio marítimo imposto ao território palestino. Segundo o jornal Times of Israel, os barcos desobedeceram ordem do Exército para mudar de rota.
Além de Luizianne, que integra uma delegação de 15 brasileiros, também estava no navio o ativista Thiago Ávila. Em nota divulgada no X (antigo Twitter), a equipe da deputada afirmou que as forças israelenses “sequestraram” a congressista de forma “ilegal e autoritária”.
Pouco antes de perder o contato, Luizianne publicou um vídeo dizendo que, se a gravação estivesse em circulação, era porque havia sido “sequestrada pelas forças de ocupação israelenses”.
De forma ilegal e autoritária, as forças armadas de Israel sequestraram a Deputada Federal brasileira Luizianne Lins, juntamente com demais participantes da missão humanitária que levava alimentos e medicamentos à população de Gaza.
— Luizianne Lins (@LuizianneLinsPT) October 1, 2025
A Missão, que se encheu de esperança nos… pic.twitter.com/91SrcBs4GU
O Ministério das Relações Exteriores de Israel confirmou em comunicado que “vários navios da flotilha Hamas-Sumud já foram detidos em segurança e seus passageiros estão sendo transferidos para um porto israelense”. Segundo a nota, Greta Thunberg e os demais ativistas “estão seguros e saudáveis”.
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Nota na íntegra:
O governo brasileiro acompanha com preocupação a interceptação pela marinha israelense de embarcações da “Flotilha Global Sumud”, que contam com presença de cidadãs e cidadãos brasileiros, incluindo parlamentares.
Diante das primeiras notícias de detenção de nacionais brasileiros a bordo de embarcações da flotilha, entre eles a deputada federal Luizianne Lins, o Brasil recorda o princípio da liberdade de navegação em águas internacionais e ressalta o caráter pacífico da flotilha.
O governo brasileiro deplora a ação militar do governo de Israel, que viola direitos e põe em risco a integridade física de manifestantes em ação pacífica. No contexto dessa operação militar condenável, passa a ser de responsabilidade de Israel a segurança das pessoas detidas.
Reitera, nesse contexto, exortação pelo levantamento imediato e incondicional de todas as restrições israelenses à entrada e distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, em consonância com as obrigações de Israel, como potência ocupante, à luz do direito internacional humanitário.
A Embaixada do Brasil em Tel Aviv está em contato permanente com as autoridades israelenses, de modo a prestar a assistência consular cabível aos nacionais, conforme estabelece a Convenção de Viena sobre Relações Consulares.
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