O Gás Natural Veicular (GNV), que antes era uma opção de “economia”, agora é um transtorno aos motoristas que investiram cerca de R$ 7 mil para adaptar o veículo em Várzea Grande e Cuiabá. Eles, que já reclamavam de filas gigantescas para abastecer nos três únicos postos que fazem o atendimento, também reclamam do reajuste no preço do gás natural.
Sobre a questão, o governador Mauro Mendes (DEM) – que acabou de participar da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (Cop26) - em entrevista à imprensa nessa quarta-feira (10.11), relatou que o GNV é uma opção de sustentabilidade e respondeu às indagações sobre as dificuldades dos motoristas no abastecimento.
Mauro destacou que o Estado está trabalhando para “ganhar confiabilidade" e garantir mecanismos jurídicos para manter o fornecimento do serviço.
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“Nós nunca tivemos um contrato firme desde que o gás chegou a Mato Grosso, o que é um contrato firme, é um contrato que você estabelece multas para o fornecedor se ele não cumprir e entregar o gás para Mato Grosso. Nós conseguimos isso, esse contrato começa a vigorar agora a partir do dia 1º de janeiro”, declarou o governador.
Ele ainda relatou sobre o contrato de exclusividade com a empresa Gnc-Brasil e também das ações do Governo para aumentar o atendimento em Mato Grosso. A empresa GNC Brasil é a distribuidora do gás natural no Estado.
“O Estado de Mato Grosso lá atrás fez uma parceria com a empresa chamada GNC-Brasil e ela teria em tese exclusividade de impactar esse gás e levar direto ao posto na cidade. O que nós já fizemos, nós já licitamos a rede do Distrito Industrial, o projeto ficou pronto, a publicação será dia 28, e aí, já vai chegar no Trevo do Tijucal, já vai ter no Distrito até o Tijucal, a possibilidade de ter posto que não depende mais dessa compressão e descompressão. Então, a gente está construindo isso”, destacou o governador.
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Sobre a empresa Gnc-Brasil, que foi alvo de críticas e manifestos dos motoristas nesta semana, o governador relatou a dificuldade burocrática para realizar a quebra de contrato.
“No Poder Público as coisas têm que ser feitas de acordo com a lei brasileira. É terrível isso! Demora muito, mas não posso chegar lá e quebrar o contrato do cara, vai expor o Estado a pagar multas, etc, etc, tem que negociar, não é fácil, não é simples, mas existe uma clara determinação, é importante dizer isso, do Governo em priorizar a ampliação dessa matriz energética como uma alternativa aqui dentro do Estado”, finalizou Mauro.
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