O deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB), negou participação em esquema denunciado em acordo de colaboração premiada à Procuradoria Geral da República, pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB), e afirmou que Silval terá que provar as acusações. As declarações de Maluf foram dadas nesta segunda-feira (25.09), em entrevista à Rádio Capital FM, em Cuiabá.
Maluf é apontado por Silval, como operador de um esquema de propina envolvendo o MT Saúde. Segundo Silval, Maluf teria cobrado em nome do Hospital Santa Rosa, uma propina de 4 Milhões ou 10%, de uma dívida de que o Estado teria junto aos hospitais conveniados.
O parlamentar é sócio do Hospital Santa Rosa, e declarou que quem deve à instituição é o Estado, que para ele, o fato de representar o hospital, o assunto sempre foi questionado.
“Todas as nossas contas foram auditadas, foram auditadas pelos auditores do MT Saúde, depois foram auditadas pelo próprio Tribunal de Contas, me parece que foi auditada por auditores independentes, porque nós passamos por uma CPI. Então estou muito tranquilo, não houve nenhum tipo de superfaturamento, o que acontece é que até hoje o próprio MT Saúde deve a nossa instituição hospitalar, um valor considerável. Hoje, a dívida junto ao Hospital Santa Rosa, deve aproximar a R$10 milhões. Então quer dizer, como vou pagar propina para mim mesmo, sendo que, quem está me devendo é o Estado, então não procede esse tipo de informação”, justificou o tucano.
Segundo Maluf, representantes de outros hospitais já o procuraram demostrando solidariedade e se propondo a defende-lo das acusações do ex-governador.
Quanto a interferência de Silval na eleição da Mesa Diretora da Assembleia, presidida por Maluf, no biênio 2015/2016, o deputado foi categórico e classificou como desespero do ex-governador para conquistar a liberdade.
“Silval tentou colocar todo mundo para ter o benefício da delação e arrumou um discurso para cada um, agora vem a segunda fase, onde ele vai ter que provar essas denúncias. Então estamos aguardando, estou pronto para contribuir com a justiça”, garantiu o deputado.
Maluf ressaltou que seu gabinete não recebeu a visita da Polícia Federal, mas que não teria problema nenhum se o pedissem. Segundo ele, o caso tem que ser investigado, inclusive pela Comissão de Ética da Casa de Leis.
“Se ele tem alguns acordos com alguns deputados é uma coisa, mensalinho seria algo crônico, algo permanente dentro da Assembleia. Então não teve mensalinho. Eu não recebi mensalinho, e uma lista no papel com nomes de deputados - OK, isso para mim, não é suficiente para você comprovar”, argumentou.
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