O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), criticou duramente a decisão do Congresso Nacional de ampliar os gastos com o processo eleitoral.
A fala foi feita na última terça-feira (24.06), após os parlamentares derrubarem o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aprovarem no último dia 18 de junho, o repasse de mais R$ 168 milhões para o Fundo Eleitoral. Com a decisão, o valor total destinado aos partidos para este ano sobe de R$ 1,2 bilhão para R$ 1,368 bilhão.
Para Mendes, o país está gastando além da conta com as eleições, o que compromete a saúde financeira da União. “O Brasil está gastando dinheiro demais com as eleições. Isso não está sendo sadio e saudável para a democracia brasileira”, afirmou.
O governador apontou incoerência por parte dos parlamentares. “O Congresso exige do governo federal que corte despesas, mas, ao mesmo tempo, aumenta os gastos eleitorais. Me desculpe, mas quem votou nisso está sendo incoerente”, disse.
Ele também alertou para um possível colapso nas contas públicas. “Se não cortar gastos, escrevam aí: a partir de 2027, o governo federal quebra. E quem vai pagar essa conta somos todos nós, brasileiros”, declarou.
Mendes afirmou que não foi consultado sobre a posição dos deputados de seu partido em relação à votação, já que estava fora do país. No entanto, disse que, se tivesse sido ouvido, teria se manifestado contra o aumento da verba.
Para o governador, o gasto eleitoral “não é necessário” no momento em que o país enfrenta escassez de recursos para áreas essenciais. “É muito dinheiro sendo colocado nas eleições, enquanto falta para um monte de coisa nesse país”, concluiu.
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