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Política Domingo, 21 de Outubro de 2018, 15:45 - A | A

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Delação Premiada

Malouf revelou que Paulo Taques fez ‘caixa 3’ na campanha de 2014 e Pedro Taques sabia

Edina Araújo/VG Notícias

MPF

Alan Malouf

Malouf revelou que Paulo Taques fez ‘caixa 3’ na campanha de 2014 e Pedro Taques sabia

O empresário Alan Malouf durante a delação ao Ministério Público Federal (MPF), se mostrou ressentido e sem entender, segundo ele, a atitude do governador Pedro Taques (PSDB), após sua prisão. Malouf disse que causou estranheza, Taques dizer à imprensa que era apenas “amigo social” do empresário. Ele afirmou que Pedro Taques era amigo íntimo dele, almoçava em sua casa, se relacionava com sua família, chegou a dormir duas ou três vezes em sua residência, e que era amigo de Pedro Taques desde que este namorou sua prima.

“Muito mais amigo do que social do governador do Pedro Taques. Mais de 100 reuniões em minha casa. Ele chegou de dormir em minha casa por duas ou três vezes, acredito que isso não seria um amigo social apenas. Nos almoços de domingos. Causou estranheza quando fui preso, o governador dizer que era amigo social”.

O empresário Alan Malouf revelou ao MPF, que na campanha do Pedro Taques ao Governo em 2014, houve “caixa 3” e que ele avisou o governador sobre seu primo Paulo Taques estar recebendo dinheiro de empresa. Ele contou que o dinheiro da empresa do Mischur passou pelo empresário Valdinei Mauro de Souza, conhecido como "Nei”, para “esquentar”. Questionado sobre o Nei, Alan disse que sabia apenas que ele era amigo e sócio de Mauro Mendes.

Segundo ele, o primo do governador, Paulo Taques recebeu R$ 900 mil da empresa Consignum - Gestão de Margem Consignável, do empresário Willians Paulo Mischur, e mais R$ 500 mil da HL Construtora, sem passar pelo núcleo de campanha do “caixa 2”.

“Revelou que houve doações não contabilizadas, em especial, de R$ 900.000,00 por Willians Mischur, endereçadas ao então candidato sem que tenha entrado sequer nesse controle paralelo, consistindo no que o colaborador denominou de um verdadeiro" caixa 3”.

Malouf revelou ainda, que o ex-secretário de Cuiabá, Pascoal Santullo, propôs ajudar na captação de recursos - e eles foram a HL Construtora, do empresário Helmut. Quando chegaram à empresa, ficaram sabendo que Paulo Taques já havia acertado o valor de R$ 500 mil com o empresário, inclusive, teria recebido antecipado R$ 250 mil. Alan disse que Helmut pediu para que o grupo se organizasse e se comunicasse melhor.

“O colaborador narra episódio pontual de doação ilegal de campanha com a participação do então candidato ao Governo do Estado e o empresário Helmut, da empresa HL CONSTRUTORA, que falou para o colaborador e Pascoal Santulo, quando instado a doar, que o grupo deveria se organizar melhor porque já havia doado R$ 500_000,00, o que não foi contabilizado nem oficialmente, nem nos registros extraoficiais da campanha conduzido pelos empresários. Os eventos são próximos a agosto e setembro de 2014”.

O grupo de empresários responsável pelo “caixa 2” da campanha, emprestou o dinheiro com juros de 1,5%, ao mês - com o compromisso de substituir a Consignum por outra empresa no mesmo sistema – mas após as eleições, Paulo Taques não deixou – alegando que a empresa precisava ficar pelo menos três meses para recuperar o dinheiro doado.

Paulo e Alan foram chamados pelo Pedro Taques para ficarem responsáveis em quitar saldo de campanha. Malouf disse que teria que substituir a empresa Consignum – que era combinado – mas esta foi a primeira vez que ouviu da boca de Paulo Taques que a empresa tinha doado dinheiro - e precisava ficar pelo menos três meses para recuperar o investimento na campanha.

Em 2015, Alan disse que foi informalmente, apenas como amigo à casa de Pedro Taques, falar sobre os fortes comentários de que Paulo Taques estava recebendo da Consignum entre R$ 1 a R$ 1,5 milhão ao mês. “Pedro, prefiro ficar amarelo do que vermelho lá na frente, a conversa é muito forte que Paulo Taques está recebendo de R$ 1 a R$ 1,5 milhão da Consignum todo mês”.

Segundo Alan Malouf, Pedro Taques indagou quem estava sabendo sobre os comentários, o empresário disse que estava em toda cidade - e que inclusive o próprio Mischur não era nada discreto - e que no Manso, onde tinha casa, fazia questão de contar para todos, mas Taques disse que não era verdade. Porém, a Consignum continuou no Governo.

Malouf ainda teria dito ao Pedro Taques, que durante a campanha, o grupo de empresários não queria aceitar a proposta de Willians, porque o empresário falava demais - e lembrou ao governador o episódio da reunião com Paulo Taques.

Alan contou ao MPF, que durante a segunda fase da operação Sodoma, foi encontrado aproximadamente R$ 1 milhão em espécie em uma das casas do empresário Willians Mischur, proprietário da empresa Consignum.

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