O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), voltou a afirmar nesta quinta-feira (03.07) que o Aeroporto Bom Futuro está instalado em área pública. Segundo ele, a promotora Maria Fernanda, responsável pelo caso, possui documentos que comprovam a existência de uma via pública sobreposta à pista de pouso e decolagem.
Abílio destacou ainda que mapas da Prefeitura indicam uma rua atravessando o local. Ele também criticou a gestão anterior, do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), por ter declarado que “não se importava com a área”.
“Conversei com a promotora Maria Fernanda, realmente há uma via pública passando sobre o espaço Bom Futuro. Realmente a Bom Futuro afirma e apresentou alguns documentos que a Prefeitura tinha se posicionado de forma simplória até, dizendo que não se importava com aquela região, que não tinha interesse nela”, afirmou o prefeito.
O assunto voltou à pauta após o prefeito comparar o caso do aeroporto com o de moradores em áreas irregulares, que enfrentam ações de reintegração de posse por falta de documentação legal.
Conforme o sistema SIG Cuiabá, mantido pela Prefeitura, há indícios da existência de uma via onde hoje está a pista do aeroporto. Abílio disse que a atual gestão está analisando os documentos e buscará a regularização do espaço.
“A Maria Fernanda tem os documentos da situação da via, nós também temos documentos na nossa gestão, nos temos no sistema. A via foi sobreposta a pista de pouso. A medida que a gente vai ter que adotar e buscar a regularização”, declarou.
OUTRO LADO
Em nota, a Bom Futuro afirmou que as terras localizadas no Loteamento Parque Bandeira são de sua propriedade legal. A empresa disse que o inquérito decorre de representações de terceiros insatisfeitos com decisões judiciais em ações de usucapião.
Segundo a empresa, a regularização da área já foi reconhecida pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A Bom Futuro também criticou o posicionamento do prefeito, alegando “má-fé” ao tentar reverter decisões definitivas após anos de abandono da área pelo poder público.
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