O deputado estadual, Júlio Campos (União), disse em entrevista à imprensa nesta quarta-feira (04.06), que não acredita no envolvimento do secretário de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), Basílio Bezerra, no desvio dos consignados e afirmou que é importante esclarecer o porquê houve falha na fiscalização.
“Eu não acredito no envolvimento pessoal do secretário Basílio Bezerra nesse assunto, mas é bom esclarecer a sociedade, porque pode haver servidores da sua área envolvidos em algumas coisas estranhas [...] nem todo desarranjo, por exemplo, administrativo, que possa ocorrer aqui na Assembleia Legislativa, tem envolvimento da mesa diretora ou do presidente”, explicou.
O deputado reforçou a importância de esclarecimento do secretário alegando que “quem não deve, não teme”. Basílio foi convocado para esclarecimentos na audiência pública nesta sexta-feira (06).
O escândalo dos consignados veio ganhando destaque após sete sindicatos de funcionários públicos de Mato Grosso alegarem diversas irregularidades praticadas pela empresa Capital Consig, como falta de transparência nos contratos, fraudes na concessão de crédito e ausência de fiscalização pelo Estado.
“O Tribunal de Contas (TCEMT) cada vez que aprofunda as investigações, encontra mais coisas estranhas nesses consignados, é necessário tomar uma decisão mais rigorosa. Tanto é que o governo resolveu suspender o pagamento de mais três ou quatro consignados da Consig. A partir de agora, no Tribunal de Contas teremos que tomar uma providência rigorosa, independente de ter ou não envolvimento das pessoas do governo”, afirmou Campos.
O deputado ainda disse que uma CPI não deve ocorrer imediatamente. “CPI é uma prerrogativa do Poder Legislativo, mas para requerer uma, necessita de fatos concretos para ser investigado e assinatura de, pelo menos, oito deputados requerendo essa CPI. Neste instante, não tem ainda um fato concreto, até porque o trabalho que o Tribunal de Contas mandou os auditores fazerem, não chegou ainda a nenhuma conclusão final”, explicou o parlamentar.
Segundo Campos, quando o Tribunal de Contas tiver um encaminhamento desse processo Legislativo, os deputados estudarão a abertura de uma CPI.
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