O senador Jayme Campos (DEM-MT) teceu críticas nesta terça-feira (31.08) ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e aos veículos de comunicação pelos destaques negativos em relação às queimadas.
Jayme expôs sua experiência para relatar na reunião da Comissão de Meio Ambiente (CMA), com o ministro do Meio Ambiente Joaquim Álvaro Pereira Leite, que o Inpe aponta fogo de caieira, como focos de incêndios, e fez um apelo para não criminalizar "todo mundo" e transformar o tema em uma discussão Política.
“O Inpe, todos são órgãos que precisamos respeitar, entretanto, vou lhe dar um dado com conhecimento de causa, de vivência, basta um cidadão acender uma caieira - resto de pedaço de madeira - parece com muita clareza lá em cima que está havendo uma queimada. Não é queimada coisa alguma, essa caieira não atinge um raio de nem dois, três metros. É tão moderno que o satélite pega e falam de 15 mil, 12 mil focos de incêndio”, criticou.
Jayme completou: “Temos que pôr os pingos nos is, caso contrário, vamos destruir o país, sobretudo alguns veículos de comunicação levam para o campo não verdadeiro, prejudicando economicamente nosso Brasil, temos transações comerciais com outros países que querem a preservação do nosso ambiente”, criticou o senador.
Campos ainda defendeu o produtor rural, ao afirmar não ser verdade que não querem preservar o ecossistema. Jayme argumenta que o produtor quer a preservação, até porque pode inviabilizar sua atividade empresarial.
Não podemos condenar todo mundo e seu Raimundo
“Agora é bom que se esclareça, que atravessamos um momento, talvez da história do mundo de que há mudança climática em toda parte do planeta, nós somos do Estado de Mato Grosso, nos últimos dias tem dado uma faixa de 41 e 42 graus, até ovos estão fritando lá no asfalto, você joga lá bacana. Não é verdade que - o cidadão brasileiro e sobretudo o homem rural - não busca a preservação do nosso ecossistema. Basta um cidadão jogar uma bituca de cigarro numa bela de uma rodovia, para o fogaréu suspender e o produtor, lamentavelmente, é impotente para combater. Não é ele quem colocou o fogo lá”, defendeu.
O senador ressaltou a necessidade de destacar que o combate aos incêndios ocorre de forma efetiva no país. Ele ressalta que alguns órgãos atuam com pouca estrutura, um dos exemplos apontados pelo senador foi CMBio da região de Cáceres, que conta com um contingente muito aquém da necessidade.
“Não nós temos que ser muito claro, para não deixar a pecha de que o Ministério de Meio Ambiente, o Ibama, CMBio não estão tomando as providências, estão tomando as providências! É obvio e evidente que um país com a dimensão continental com 8.904 mil km² é quase humanamente impossível. Tem as forças armadas participando, a Polícia Federal, a sociedade, enfim, o inferno está participando”, declarou Jayme avaliando que o trabalho tem pouco sucesso em razão de crise em outros setores.
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