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Política Domingo, 13 de Agosto de 2017, 09:32 - A | A

Domingo, 13 de Agosto de 2017, 09h:32 - A | A

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Índice de confiança do consumidor “despenca” em julho em relação a junho, aponta Pulso Brasil

Redação VG Notícias

Reprodução

Consumidor

Índice de confiança do consumidor “despenca” em julho em relação a junho, aponta Pulso Brasil

Dados do Pulso Brasil de julho reforçam o cenário preocupante pelo qual passa o Brasil. A sensação de desesperança persiste – percepção de rumo errado permanece para 95% dos brasileiros e 85% consideram o governo Michel Temer ruim ou péssima, 1% acima do mês de junho. Porém, um agravante chama atenção. O índice de confiança do consumidor despencou de 68 pontos (numa escala que vai de 0 a 200) em junho, para 63 pontos em julho – superando assim a marca negativa da série histórica de 64 pontos, atingida em abril de 2016 (mês de afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff).

Essa reação se dá em mais um momento de acentuada instabilidade política acompanhada de crescente falta de expectativas com relação ao atual governo: 76% dos brasileiros não têm nenhuma expectativa em relação ao futuro da gestão Temer e apenas 13% acham que seria melhor se o atual presidente completasse o seu mandato até o final.

Noventa e quatro por cento dos brasileiros desaprovam a maneira como Michel Temer vem atuando, superando até mesmo o ex-deputado Eduardo Cunha 93%. O fato de a imagem do atual presidente ser mais negativa dos que a avaliação da sua gestão – aliada à falta de expectativas – mostra que esse cenário de descrença com o país é irreversível no curto prazo. O atual presidente não detém capital de imagem para restabelecer um viés positivo para o país – nossa estrutura política e social também não colabora para tal, dada a escassez de debates sobre agenda pública.

Já a avaliação das demais personalidades com potencial eleitoral do mês de julho apresentou redução nos indicadores de desaprovação de praticamente todas elas sem, em entanto, reverter essa diferença de aprovação. Ainda que os índices de desaprovação continuem muito altos para a maioria dos políticos vistos como tradicionais, o fato de ter havido uma redução para quase todos eles – com exceção do presidente Temer – mostra que o impacto dos escândalos recentes de corrupção foi muito mais forte na figura do mandatário-mor do que na classe política (que continua desgastada e distante dos anseios da população).

O Pulso Brasil do mês de julho trouxe outro dado instigante: A Lava Jato parece estar perdendo força junto à população. Para 42% dos brasileiros, a operação vai acabar em pizza – esse indicador era de 32% no mês de junho. Por outro lado, a crença de que a Lava Jato pode transformar o Brasil em um país sério permanece, com 76%. Parte dessa percepção vem pelo fato de que, segundo a opinião pública, a corrupção não é exclusividade do PT e, portanto, as investigações deveriam ser para todos os partidos – percepção caiu de 76% em junho para 64% em julho (repetindo os índices de períodos anteriores).

A operação Lava Jato continua quase uma unanimidade. Uma eventual desmobilização das investigações talvez não traga comoções sociais nas ruas, mas fortalecerá a descrença nas instituições do país e beneficiará discursos políticos mais conservadores e nacionalistas na corrida de 2018. (Com Pulso Brasil).

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