Por conta de má aplicação de recursos públicos em projeto de “asfaltamento” de ruas em Várzea Grande em gestões anteriores, o município poderá ser “obrigado” a devolver R$ 5,8 milhões para a União. A informação foi repassada ao VG Notícias pelo secretário de Infraestrutura de Várzea Grande, Gonçalo Aparecido.
De acordo com o secretário foi instaurado um processo de tomadas de contas no Tribunal de Contas da União (TCU) contra o município por conta de um convênio com a Infraero para a duplicação da avenida 31 de março.
Segundo Gonçalo, em 2004 o então prefeito da cidade Jaime Campos– atualmente senador da República -, firmou um convênio com a Infraero, no valor de R$ 5,8 milhões para que fosse realizada a duplicação da avenida e assim melhorar o tráfego de veículos do sentido Aeroporto – Cristo Rei, e Cristo Rei - Aeroporto.
Conforme ele, a Infraero repassou o dinheiro para o município que ficou responsável pela a execução da obra. No entanto, na obra, iniciada em 2004 na gestão Jaime e encerrada em 2005 na gestão de Murilo Domingos (PR), foi detectada por meio do TCU, a má qualidade principalmente do material utilizado para o asfaltamento, o que originou em uma abertura de tomada de contas.
No procedimento, a Infraero pede que Várzea Grande devolva os R$ 5,8 milhões investidos para a duplicação da via. Ainda segundo o secretário, a Prefeitura já apresentou defesa e tenta conseguir junto ao Tribunal de Contas da União a comprovação que a avenida apresenta hoje boas condições de trafegabilidade, sendo que para isso a atual administração precisou gastar mais R$ 2 milhões para recuperar a via.
“Podemos ter que devolver esse dinheiro, sendo que hoje o município tem poucos recursos disponíveis para fazer investimentos, imagina perder devido à má aplicação. Fica difícil promover as melhorias por conta desses problemas deixadas pelas gestões passadas”, declarou Gonçalo.
Sobre quando que o TCU deve analisar a tomada de contas contra a Prefeitura, o secretário disse que não há previsão.
Outro lado – Em entrevista ao VG Notícias, o senador Jaime Campos contestou as informações do secretário e disse que o asfaltamento não foi feito em sua gestão. Segundo ele, foi por meio de seu empenho que foi viabilizado o recurso na ordem de R$ 5,8 milhões, mas que apenas a parte de terraplanagem foi feita em sua gestão, sendo que foram gastos pouco mais de R$ 1 milhão e prestado contas corretamente ao TCU.
A obra de asfaltamento da 31 de março foi realizada na gestão de Murilo Domingos (PR), onde foram gastos os demais R$ 4 milhões. Porém, o republicano teria perdido o prazo para prestar contas ao TCU, o que poderá prejudicar o município.
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